Polícia Federal combate exercício ilegal de segurança privada na Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira (17) Divulgação/ Polícia Federal
Publicado 17/01/2024 22:16 | Atualizado 17/01/2024 22:29
Rio - A Polícia Federal fechou, na tarde desta quarta-feira (17), a empresa que ofereceu serviços de segurança para moradores do Jardim Botânico, na Zona Sul. Policiais lotados na Delegacia de Controle de Segurança Privada foram ao endereço do empreendimento, constataram irregularidades e lavraram Auto de Encerramento de Atividade de Segurança Privada não Autorizada. Os responsáveis também podem ser autuados.
De acordo com a PF, a atividade de segurança privada, prevista na Lei 7.102/83, deve estar previamente autorizada pela Polícia Federal, não só em casos de prestação de serviço de vigilância armada, mas também para os vigilantes que trabalham desarmados, devendo todos eles estarem capacitados através de curso de formação específico, com reciclagens a cada dois anos.

"O exercício de atividade com uso de seguranças clandestinos, sem possuírem a devida capacitação, compromete a segurança do local e ainda coloca em risco a vida e a integridade física dos cidadãos", informou a PF por meio de nota.

Também nesta quarta-feira (17), a Polícia Militar abriu um inquérito para apurar a conduta do policial que teria enviado mensagens para os moradores do bairro da Zona Sul. Segundo a corporação, o agente já foi identificado e pode ser "punido com rigor", caso a história seja confirmada.
Na terça-feira (16), o prefeito Eduardo Paes usou o seu perfil no X (antigo Twitter) para dizer que foi procurado por moradores do Jardim Botânico, que relataram terem sido abordados por dois homens interessados em fazer a segurança de um prédio do bairro. No contrato, o valor do serviço para residência seria de R$ 500 e para condomínios o preço seria de um salário mínimo: R$ 1.412 mil.
Segundo Paes, os moradores não aceitaram o serviço e ficaram assustados com a oferta. Um dos homens, que enviou mensagem aos possíveis clientes, se apresentou como suboficial da Polícia Militar. De acordo com a oferta, a empresa que seria responsável pela segurança trabalha para restaurantes, é legalizada com endereço fixo e CNPJ, e emite nota fiscal eletrônica. O fato chamou a atenção do prefeito, que enviou o caso ao secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
Denúncias sobre irregularidade ou clandestinidade nas atividades de segurança privada podem ser feitas à DELESP/DREX/SR/PF/RJ pelo e-mail: delesp.drex.srrj@pf.gov.br ou via telefone (21 2203-4880).
 
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