Publicado 28/02/2024 11:28
Rio - Diante do ainda recorrente problema de roubos e furtos de veículos para venda ilegal de peças, o governo do Rio informou que vai intensificar as ações de fiscalização a ferros-velhos irregulares no estado. Após uma reunião realizada nesta terça-feira (27), no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul, representantes da força-tarefa Operação Procedência Segura definiram datas e locais das novas ações.
Os principais alvos da operação são as empresas de desmontagem de veículos que não se regularizaram, ou seja, que não apresentaram a documentação necessária, não se credenciaram e nem cadastraram as peças no sistema do Detran dentro do prazo estabelecido.
A expectativa dos representantes da força-tarefa é que a medida reprima o mercado de peças roubadas. Segundo eles, com o fechamento de ferros-velhos irregulares, os criminosos não teriam para onde levar os veículos roubados. A operação reúne agentes do Detran, das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria de Fazenda.
"Não é justo com as empresas que se regularizaram dentro do prazo que as outras continuem funcionando de forma ilegal. A orientação do governo do estado é reprimir essas empresas irregulares, recolher o material e levar para reciclagem. O material que for encontrado sem comprovação de propriedade, sem identificação, será destruído conforme determina a legislação ambiental" disse o presidente do Detran, Glaucio Paz.
No ano passado, quatro ações da Operação Procedência Segura foram realizadas. Na mais recente delas, em novembro de 2023, 11 ferros-velhos situados às margens da Rodovia Presidente Dutra, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foram fechados. Outro ferro-velho, em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, também foi interditado após fiscalização que apreendeu 40 sucatas de veículos.
Com base no decreto estadual de agosto do ano passado, os representantes dos estabelecimentos irregulares que forem notificados terão cinco dias úteis para comprovar a regularidade do material apreendido. Após o prazo, estes serão encaminhados para leilão. O decreto também prevê destruição imediata das sucatas em caso de risco ambiental.
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