Comércio na Rua Uruguaiana será proibido no fim deste mêsCleber Mendes / Agência O Dia
Publicado 07/03/2024 13:33
Rio – A proibição de comércios ambulantes não autorizados pela prefeitura na Rua Uruguaiana, no Centro do Rio, já tem data para acontecer. Ela valerá a partir do dia 25 de março. A data foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes em publicação no X (antigo Twitter), que também explicou as intervenções que vão alterar o trânsito nesta região, válidas a partir desta quinta-feira (7).
A Subprefeitura do Centro e a Secretaria de Ordem Pública ainda não informaram como será o processo de cadastro para os ambulantes se legalizarem e quais serão as próximas medidas adotadas.
Paes explicou que os veículos que passarem pela Avenida Rio Branco poderão entrar na Rua da Assembleia, que neste trecho servirá como mão dupla, para pegar a Rua Uruguaiana, que servirá como conexão com a Avenida Presidente Vargas. Segundo o prefeito, as obras para estas adaptações devem durar até 15 dias.
Proibição de barracas na Uruguaiana provoca reações
Eduardo Paes anunciou o impedimento da instalação de barracas e pontos de comércio na calçada da Rua Uruguaiana na última quarta-feira (28), em decisão conjunta com o governador Cláudio Castro. Segundo a Secretaria de Ordem Pública (Seop), parte do material comercializado é oriundo de roubos e furtos.
"Não custa lembrar que temos fartas provas para mostrar que boa parte dos celulares roubados na cidade são comercializados ali", afirmou Paes. Em operação feita na sexta-feira passada (1º), a Polícia Militar apreendeu mais de 580 celulares sem nota fiscal no camelódromo.
As ações da prefeitura e do governo do Estado geraram reações de movimentos dos camelôs. Horas após o anúncio da medida, o Movimento Unido dos Camelôs (Muca-RJ) rebateu: "É lamentável que a gestão municipal opte por estigmatizar todos os camelôs da região, sem distinção e numa promoção que visa marginalizar a categoria na totalidade. Ao invés de promover a exclusão e marginalização desses trabalhadores, acreditamos que as autoridades deveriam buscar soluções mais inclusivas e que atendam às necessidades de todos os envolvidos".
A restrição mencionada por Paes diz respeito aos ambulantes que vendem produtos nas ruas da Uruguaiana. Os camelôs que possuem boxes no camelódromo do local poderão continuar. Esse fato levantou questionamentos dos próprios camelôs e frequentadores da feira. Segundo eles, a proibição afeta somente os ambulantes que estão nas ruas, mas a venda dos celulares estaria acontecendo também nos boxes.
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