Policiais civis realizam perícia no local onde passageiro foi mortoPedro Ivo
Publicado 08/03/2024 12:30
Rio - O passageiro Cláudio Pedro da Silva, 45 anos, morto após ser baleado em um ônibus na Avenida Brasil, atuava há mais de 10 anos como técnico de eletrônica no Instituto de Pesquisas da Marinha do Brasil e costumava fazer sempre o mesmo trajeto para ir ao trabalho. Nesta sexta-feira (8), familiares estiveram no Instituto Médico Legal (IML) para realizar a liberação do corpo.

A tia de Cláudio esteve no local e disse que recebeu a notícia por meio da Marinha. Ao 'RJ 1' da TV Globo, ela reforçou que o sobrinho era uma ótima pessoa, trabalhador e estudioso.

O ônibus assaltado era o da linha 425D (Campo Grande x Alcântara). Na ocasião, os dois criminosos entraram no ônibus e pagaram passagem, pouco tempo depois anunciaram o assalto, já na altura de Bonsucesso. No momento em que recolhiam os pertences das vítimas, o passageiro reagiu.

Segundo o motorista do coletivo, Valmiro Vieira Cesar, o passageiro até conseguiu retirar o carregador da pistola usada por um dos criminosos, mas foi baleado na cabeça.

"Esse rapaz entrou em luta corporal com ele e conseguiu tirar o carregador da arma. Tirou o pente da arma e jogou no meio do carro. Só que ficou um projétil na agulha, foi esse único que matou ele", contou o motorista Valmiro Vieira Cesar.

Ainda acordo com o motorista, os assaltos são frequentes naquele trecho da Avenida Brasil. De acordo com a Polícia Militar, uma equipe de PMs do 22º BPM (Maré) foi acionada para a ocorrência, mas ao chegar no local já encontrou a vítima sem vida na calçada. Os criminosos também já haviam fugido. Os policiais apreenderam o carregador abandonado pela dupla.
Em nota, a Marinha informou que "lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares e entes próximos do servidor e esclarece que está prestando todo apoio necessário à família".

Segundo a Polícia Civil, foi feita a perícia no local e a investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para identificar e prender o autor do crime.

Cláudio era solteiro e não tinha filhos. Ainda não há informações sobre o horário e local do enterro.
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