Publicado 24/03/2024 16:57 | Atualizado 24/03/2024 17:24
Rio - Os três acusados de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes chegaram ao hangar da Polícia Federal na tarde deste domingo (24). Chiquinho e Domingo Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa desembarcaram do avião da corporação por volta das 16h sob forte esquema de escolta. Eles foram presos no âmbito da Operação Murder Inc, que contou com a colaboração do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
O trio foi conduzido à cidade em única aeronave, acompanhados dos agentes federais. O deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) foi o primeiro a descer, algemado e ser encaminhado para o porta-malas de uma viatura da Polícia Penal Federal. Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, desceu com um casaco em cima dos braços, escondendo as algemas. O delegado Rivaldo Barbosa desceu entre as viaturas.
Eles foram encaminhados ao Instituto Médico Legal da cidade e em seguida devem ser levados ao Presídio Federal de Brasília, considerado de segurança máxima.
Operação desencadeada neste domingo
Os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, foram presos acusados de serem os mandantes do crime na operação Murder Inc.
Já Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, assumiu a função um dia antes do assassinato de Marielle, e foi preso acusado de tentar obstruir as investigações do assassinato da vereadora e Anderson. Antes disso, ele era coordenador da Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
Em novembro de 2019, a Polícia Federal afirmou em relatório reservado ao MP-RJ que o delegado Rivaldo Barbosa deveria ser investigado por suspeita de ter recebido propina de R$ 400 mil para evitar que fossem conhecidos os reais mandantes dos assassinatos.
Em novembro de 2019, a Polícia Federal afirmou em relatório reservado ao MP-RJ que o delegado Rivaldo Barbosa deveria ser investigado por suspeita de ter recebido propina de R$ 400 mil para evitar que fossem conhecidos os reais mandantes dos assassinatos.
Neste domingo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio de Janeiro. A operação Murder Inc. tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
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