Publicado 04/04/2024 09:30
Rio - O desaparecimento do menino Edson Davi de 7 anos completa três meses nesta quinta-feira (4). Para a Polícia Civil, a principal hipótese é de afogamento. Já a família acredita em sequestro e iniciou uma investigação particular sobre o caso. A criança sumiu na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste, na altura do Posto 4, onde a família trabalhava.
Ao DIA, a mãe do menino, Marize Araujo, contou que não desistirá das buscas pelo filho e reforçou a todo momento que ele não entrou no mar. Nas redes sociais, ela publicou uma ‘vakinha virtual’ pedindo ajuda para custear os custos da investigação particular para apurar a hipótese de rapto. O objetivo é arrecadar R$ 20 mil, mas até esta quinta-feira, apenas R$ 2 mil haviam sido arrecadados.
"É uma investigação que a sociedade já vê que não se trata de um afogamento, já não se sustenta mais. Foi feita uma busca intensa no mar, onde nada foi encontrado. Os próprios bombeiros não acreditam no afogamento. Eu não sei o porquê da polícia continuar nessa tese, não me dão apoio e não me escutam como mãe. Me sinto sozinha nessa situação, não me sinto só lutando pela busca do meu filho, mas também lutando com o Estado para provar que meu filho não se afogou. Como classe social, a gente se vê muito vulnerável, muito pequeno diante de uma situação dessas. A gente só vale o que tem mesmo e um filho de barraqueiro não tem voz", lamentou.
Ainda segundo Marize, com sua investigação, ela conseguiu mais testemunhas que viram Edson antes dele desaparecer. Sobre esses possíveis novos depoimentos, à Polícia Civil informou que "todos os elementos apresentados à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) são investigados".
Ao DIA, a mãe do menino, Marize Araujo, contou que não desistirá das buscas pelo filho e reforçou a todo momento que ele não entrou no mar. Nas redes sociais, ela publicou uma ‘vakinha virtual’ pedindo ajuda para custear os custos da investigação particular para apurar a hipótese de rapto. O objetivo é arrecadar R$ 20 mil, mas até esta quinta-feira, apenas R$ 2 mil haviam sido arrecadados.
"É uma investigação que a sociedade já vê que não se trata de um afogamento, já não se sustenta mais. Foi feita uma busca intensa no mar, onde nada foi encontrado. Os próprios bombeiros não acreditam no afogamento. Eu não sei o porquê da polícia continuar nessa tese, não me dão apoio e não me escutam como mãe. Me sinto sozinha nessa situação, não me sinto só lutando pela busca do meu filho, mas também lutando com o Estado para provar que meu filho não se afogou. Como classe social, a gente se vê muito vulnerável, muito pequeno diante de uma situação dessas. A gente só vale o que tem mesmo e um filho de barraqueiro não tem voz", lamentou.
Ainda segundo Marize, com sua investigação, ela conseguiu mais testemunhas que viram Edson antes dele desaparecer. Sobre esses possíveis novos depoimentos, à Polícia Civil informou que "todos os elementos apresentados à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) são investigados".
"Há cerca de um mês, os policiais informaram ao meu advogado que chamariam as testemunhas que ele listou, mas estamos aguardando essa oitiva até agora. A intimação ainda não chegou. O inquérito da polícia está baseado em testemunhas que estavam mais cedo, mas listamos testemunhas que estavam depois das 16h, quando meu filho não se aproxima mais da água. Uma das testemunhas o viu às 16h55, tentando avisar ao pai que ia para um local que creio que foi para onde ele foi atraído, onde é um ponto morto da praia. Um lado que ele não tem costume de ir e estava totalmente sem imagens, porque as câmeras da prefeitura não estavam funcionando no dia e a do hotel estava virada para baixo. Ele tentou avisar, mas o pai estava fechando as contas. Ele correu e, logo em seguida, desapareceu", detalhou Marize ao DIA.
Em paralelo às apurações, o Corpo de Bombeiros continua as buscas durante todo este período, que inclusive foram ampliadas para áreas além do posto 4. A operação conta com o empenho de guarda-vidas, mergulhadores, quadriciclos, motos-aquáticas, drones e helicópteros.
O menino completou 7 anos no dia 25 de fevereiro. A data foi marcada por um protesto da família na praia. Na ocasião, a mãe já havia citado novas testemunhas. Uma delas seria uma mulher de outro estado, que relatou não ter visto Edson entrar na água.
"Aqui na praia, são sete escadas em que meu filho poderia ter sido atraído. A nova testemunha disse que viu a direção que ele foi, um lado que ele não tinha costume de ir. Fora isso, não tem um testemunho que fale que meu filho, depois das 16h, foi para o mar. Por que o Edson tem que passar como morto? Porque ele é filho de um simples barraqueiro? De um pai humilde, de uma mãe humilde? Que não tem como correr atrás de recursos maiores?", publicou Marize nas redes sociais.
Marize reforçou ainda que cerca de 400 metros da extensão da praia não tiveram imagens registradas nas câmeras de segurança. O receio da mãe é que Edson tenha subido por uma das escadas que não estava sendo filmadas. "Não adianta vir testemunha dizer que ele mergulhou, porque está mentindo. Meu filho não entra no mar. Ele pode ter molhado os pés e brincado com alguma criança, mas entrar na água, não. Ele tinha medo", afirmou.
Em paralelo às apurações, o Corpo de Bombeiros continua as buscas durante todo este período, que inclusive foram ampliadas para áreas além do posto 4. A operação conta com o empenho de guarda-vidas, mergulhadores, quadriciclos, motos-aquáticas, drones e helicópteros.
O menino completou 7 anos no dia 25 de fevereiro. A data foi marcada por um protesto da família na praia. Na ocasião, a mãe já havia citado novas testemunhas. Uma delas seria uma mulher de outro estado, que relatou não ter visto Edson entrar na água.
"Aqui na praia, são sete escadas em que meu filho poderia ter sido atraído. A nova testemunha disse que viu a direção que ele foi, um lado que ele não tinha costume de ir. Fora isso, não tem um testemunho que fale que meu filho, depois das 16h, foi para o mar. Por que o Edson tem que passar como morto? Porque ele é filho de um simples barraqueiro? De um pai humilde, de uma mãe humilde? Que não tem como correr atrás de recursos maiores?", publicou Marize nas redes sociais.
Marize reforçou ainda que cerca de 400 metros da extensão da praia não tiveram imagens registradas nas câmeras de segurança. O receio da mãe é que Edson tenha subido por uma das escadas que não estava sendo filmadas. "Não adianta vir testemunha dizer que ele mergulhou, porque está mentindo. Meu filho não entra no mar. Ele pode ter molhado os pés e brincado com alguma criança, mas entrar na água, não. Ele tinha medo", afirmou.
No dia do desaparecimento, o menino estava na barraca com o pai. Marize tinha ido levar o outro filho a uma consulta médica. A última vez que ele foi visto foi às 16h46 através de uma gravação feita por um funcionário da barraca da família.
Bombeiros não viram Edson Davi entrar na água
Os militares do Corpo de Bombeiros que trabalhavam no dia do desaparecimento de Edson Davi e estavam afastados por questões psiquiátricas, disseram em depoimento, no último dia 29, que não viram o menino entrar na água.
Segundo a delegada Elen Souto, os bombeiros afirmaram que o mar estava agitado e que havia uma vala bem em frente à barraca da família. Os salva-vidas também destacaram que três bandeiras vermelhas estavam afixadas e que não viram a criança entrar na água. "Os bombeiros não viram nada, mas narraram que o mar estava agitado", contou.
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