Publicado 19/04/2024 11:43
Rio - Novas imagens de câmeras de segurança da agência bancária que Érika de Souza foi com o idoso morto, em Bangu, na Zona Oeste, mostram Paulo Roberto Braga, de 68 anos, sem esboçar movimentos e com o pescoço pra trás. Os vídeos são da entrada e da porta giratória do banco. A Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão da mulher durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (18).
Nas imagens, o idoso está na mesma posição em que aparece diante das funcionárias no interior do banco, com o pescoço tombado e boca aberta. Ao entrar na agência, Érika passa com a cadeira de rodas por uma porta lateral. Nesse momento, ela segura a nuca do tio e o pescoço aparece reto. No entanto, ao colocar as duas mãos na cadeira novamente, o pescoço cai. Em seguida, a mulher deixa o idoso e retorna para passar pela segurança na porta giratória. Paulo Roberto permanece na mesma posição.
Nas imagens, o idoso está na mesma posição em que aparece diante das funcionárias no interior do banco, com o pescoço tombado e boca aberta. Ao entrar na agência, Érika passa com a cadeira de rodas por uma porta lateral. Nesse momento, ela segura a nuca do tio e o pescoço aparece reto. No entanto, ao colocar as duas mãos na cadeira novamente, o pescoço cai. Em seguida, a mulher deixa o idoso e retorna para passar pela segurança na porta giratória. Paulo Roberto permanece na mesma posição.
No vídeo que viralizou, Erika conversa com a vítima normalmente, pedindo inclusive para que Paulo assinasse o documento que autorizava o recolhimento dos R$ 17 mil. Funcionários da agência bancária desconfiaram e chamaram equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Em depoimento, Erika contou que o idoso tinha solicitado o empréstimo para comprar uma televisão nova e reformar a casa. Na sua oitiva, a mulher alegou que Paulo chegou vivo ao banco e que parou de responder no momento do atendimento no guichê.
Contrariando o que a mulher falou, os agentes identificaram que Paulo teria morrido há cerca de duas horas, conforme explicou o delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso. Segundo o titular da 34ª DP (Bangu), livores cadavéricos, que são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação, indicam que Paulo não teria morrido sentado, como estava na cadeira, mas possivelmente deitado. No entanto, o laudo de exame de necropsia do idoso apontou que não é possível determinar se o homem veio a óbito antes ou depois de chegar no banco.
A causa da morte de Paulo, de acordo com o laudo, foi broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca. O texto também destacou que a rigidez cadavérica se desenvolve de forma progressiva, começando pela nuca e descendo para outros membros. Os peritos colheram o sangue do idoso para saber se houve algum tipo de envenenamento.
De acordo com o documento, o idoso se tratava de um homem previamente doente com necessidade de cuidados especiais. Paulo ficou internado por uma semana na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu com quadro de infecção pulmonar, recebendo alta na segunda-feira (15), um dia antes de morrer. O DIA teve acesso a foto em que Paulo Roberto aparece vivo internado na unidade. Na imagem, o idoso está com barba, cabeça enfaixada e se alimentando. Érika, que se diz sobrinha da vítima, também está na foto.
Um homem que trabalha como mototaxista em um ponto na rua de Erika prestou depoimento nesta quarta-feira (17) e disse que o idoso estava vivo no momento em que saiu de casa e seguiu com a mulher até o banco. De acordo com a testemunha, ele ajudou a colocar Paulo dentro do veículo que levou o homem e Erika até o estacionamento de um shopping próximo à agência. Segundo o homem, a mulher o abordou por volta das 12h20 de terça-feira (16) pedindo ajuda para colocar o idoso no carro.
O mototaxista contou aos policiais que entrou na casa da família e encontrou Paulo deitado na cama. Ele pegou o idoso pelos braços, com a ajuda de Erika, e o levou até o veículo. Conforme diz o depoimento, o idoso ainda respirava e tinha forças nas mãos. A testemunha ressaltou que Paulo até segurou na porta do carro quando entrou.
Ainda não há informações sobre o sepultamento do idoso. Familiares estiveram nesta quarta no IML de Campo Grande e liberaram o corpo. O cadáver segue no instituto até a família marcar o enterro.
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