Publicado 20/04/2024 12:45
Rio - Foi sepultado, na manhã deste sábado (20), Paulo Roberto Braga, de 68 anos, levado morto a uma agência de banco pela sobrinha, Érika de Souza. Sob forte emoção, familiares e amigos se despediram do idoso no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste.
O velório, que começou atrasado pela demora da família, foi restrito aos mais próximos de Paulo Roberto. O corpo seguiu em cortejo até a gaveta onde foi sepultado e familiares chegaram a passar mal durante a despedida. Ao fim, louvores foram entoados e o idoso aplaudido.
O velório, que começou atrasado pela demora da família, foi restrito aos mais próximos de Paulo Roberto. O corpo seguiu em cortejo até a gaveta onde foi sepultado e familiares chegaram a passar mal durante a despedida. Ao fim, louvores foram entoados e o idoso aplaudido.
Abalados, familiares e amigos de Paulo Roberto não quiseram falar com a imprensa. No local, a advogada Ana Carla Corrêa, que representa Érika, contou que a família está entristecida por conta da ‘chacota’ que tem sido feita em relação ao caso nas redes sociais.
"Agora há pouco, a família estava vindo um pouco de longe, havia se reunido, estava em oração e já estava divulgando que não havia ninguém da família, pedindo ajuda a populares que viessem ao enterro, uma coisa que não tem nada a ver. Há um monte de gente aqui, não só familiares como amigos e parentes. Então, é uma família séria, idônea, e nós acreditamos que a Érika passou por uma situação de um surto. A gente acredita que ela, em breve, estará aqui em liberdade", disse.
"A Érika não era cuidadora dele. Ela cuidava e ajudava no auxílio dos cuidados a ele, assim como toda a família. Ele ficou debilitado após essa última internação. Até então, ele subia e descia escada, não precisava nem de cadeira de rodas. Ela tinha os meios de trabalho dela como cabelereira", afirmou a advogada.
Além disso, Ana Carla pontuou que a defesa entende que Paulo morreu já no interior da agência e atuará para que o responsável pela divulgação das imagens do idoso seja investigado.
"Houve uma repercussão nacional e até mesmo internacional. Há uma discussão em que momento o senhor Paulo teria falecido , se dentro ou fora da agência bancária. A defesa, assim como a perícia indireta constata, e a gente assim entende que foi dentro da unidade bancária. Houve uma exposição do vídeo do senhor Paulo sem autorização judicial, inclusive dentro da agência bancária na qual uma gerente filmou. A gente também vai verificar isso posteriormente junto à própria delegacia, até para uma notícia-crime no futuro em relação à exposição inadequada", explicou.
"Agora há pouco, a família estava vindo um pouco de longe, havia se reunido, estava em oração e já estava divulgando que não havia ninguém da família, pedindo ajuda a populares que viessem ao enterro, uma coisa que não tem nada a ver. Há um monte de gente aqui, não só familiares como amigos e parentes. Então, é uma família séria, idônea, e nós acreditamos que a Érika passou por uma situação de um surto. A gente acredita que ela, em breve, estará aqui em liberdade", disse.
"A Érika não era cuidadora dele. Ela cuidava e ajudava no auxílio dos cuidados a ele, assim como toda a família. Ele ficou debilitado após essa última internação. Até então, ele subia e descia escada, não precisava nem de cadeira de rodas. Ela tinha os meios de trabalho dela como cabelereira", afirmou a advogada.
Além disso, Ana Carla pontuou que a defesa entende que Paulo morreu já no interior da agência e atuará para que o responsável pela divulgação das imagens do idoso seja investigado.
"Houve uma repercussão nacional e até mesmo internacional. Há uma discussão em que momento o senhor Paulo teria falecido , se dentro ou fora da agência bancária. A defesa, assim como a perícia indireta constata, e a gente assim entende que foi dentro da unidade bancária. Houve uma exposição do vídeo do senhor Paulo sem autorização judicial, inclusive dentro da agência bancária na qual uma gerente filmou. A gente também vai verificar isso posteriormente junto à própria delegacia, até para uma notícia-crime no futuro em relação à exposição inadequada", explicou.
O vídeo que viralizou nas redes sociais mostra Paulo já morto em uma agência bancária ao lado de sua sobrinha, que tentava convencer o idoso a assinar um documento que autorizava o recolhimento de R$ 17 mil. Funcionários do banco desconfiaram e chamaram equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito às 15h20.
O laudo de exame de necropsia apontou que Paulo morreu entre 11h30 e 14h30 da última terça-feira, ou seja, não é possível determinar se o homem veio a óbito antes ou depois de chegar no banco. A causa da morte de Paulo, de acordo com o laudo, foi broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca.
Érika foi detida em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva por vilipêndio a cadáver e tentativa de furto mediante fraude. Em depoimento, a mulher contou que o idoso tinha solicitado o empréstimo para comprar uma televisão nova e reformar a casa. A sobrinha alegou que o tio chegou vivo ao banco e que parou de responder no momento do atendimento no guichê.
Contrariando o que a mulher falou, os agentes identificaram que Paulo teria morrido há cerca de duas horas, conforme explicou o delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso, apesar da inconclusão do laudo. Segundo o titular da 34ª DP (Bangu), livores cadavéricos, que são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação, indicam que Paulo não teria morrido sentado, como estava na cadeira, mas possivelmente deitado.
O corpo de Paulo ficou quase três dias no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande antes de ter uma decisão a respeito do enterro. A Secretaria de Assistência Social informou que aguardava a guia de sepultamento, documento que reúne todas as informações do falecido e serve como registro para o enterro.
* Colaborou Fred Vidal
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