Robson Calixto (à esq.), o 'Peixe', foi levado à sede da Polícia FederalRenan Areias
Publicado 09/05/2024 09:46
Rio - Robson Calixto da Fonseca, ex-assessor do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Domingos Brazão, foi preso, na manhã desta quinta-feira (9), durante uma ação da Polícia Federal para prender envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A PF saiu para cumprir dois mandados pedidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Robson, conhecido como "Peixe", chegou à sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, por volta das 10h. O policial militar Ronald Paulo Alves Pereira, conhecido como major Ronald, também foi alvo da ação. Apontado como o ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste, ele já cumpria pena em um presídio federal por homicídio e ocultação de cadáver. 
Os dois alvos da ação da PF desta quinta (9) são suspeitos de monitorar a vereadora e planejar o atentado. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo assassinato da vereadora. Além deles, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa também foram denunciados. O conselheiro do TCE, o deputado federal e o delegado de Polícia Civil estão presos desde o fim de março após uma operação da Polícia Federal.
A denúncia foi entregue na última terça-feira (7) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, a PGR afirma que os irmãos Brazão e Barbosa devem ser processados e condenados pelo crime. A PGR denuncia os irmãos como mandantes do homicídio e por integrar uma organização criminosa. Barbosa também foi apontado como mandante.
A PGR entendeu que, pelos intermediários que participaram do crime e pelas circunstâncias, Ronie Lessa se encontrou com os irmãos Brazão. O órgão afirma, ainda, que o ex-PM recebeu dos irmãos a promessa de pagamento pelo assassinato da vereadora. Provas como movimentação de veículos, monitoramento de telefones, triangulação de sinais de telefonia, além de oitivas de testemunhas, apontam os irmãos Brazão como mandantes. 
Segundo a PGR, o interesse na execução de Marielle está ligado à exploração imobiliária em áreas dominadas pela milícia. Em depoimento, Lessa teria informado que Marielle virou alvo depois de defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.
 
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