Publicado 08/06/2024 10:02
Rio - A PM mantém o policiamento reforçado, neste sábado (8), em Santa Cruz, na Zona Oeste, após a morte do líder da milícia local, Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, de 33 anos. Segundo a corporação, equipes do 27º BPM (Santa Cruz) recebem apoio de policiais 2° Comando de Polícia de Área (2° CPA).
PublicidadeO miliciano, que era sucessor Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso em dezembro do ano passado, morreu após ser baleado, nesta sexta-feira (8), durante operação da Polícia Civil. Outros dois homens, apontados como seguranças de Pipito foram baleados no local onde o miliciano estava, na Favela do Rodo. Os dois teriam reagido a prisão.
A Polícia Civil informou que o miliciano chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Rocha Faria, mas o criminoso já deu entrada na unidade sem vida. No fim da noite, a PM chegou a utilizar no fim da noite drones para monitorar a movimentação no interior das comunidades..
Após a morte do miliciano, postagens feitas nas redes sociais, sugerem que a chefia do grupo paramilitar já tem sucessor. O nome seria de Felipe Ferreira Carolino, o Zulu, miliciano preso em 2019 por porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa, mas que foi solto há poucos meses.
Segundo as publicações, Zulu já vinha atuando como recrutador de novos membros para a milícia de Zinho nas comunidades dominadas pela organização. Zulu era homem de confiança do miliciano Wellington Braga, o Ecko, que foi morto em 2021, durante uma operação na comunidade Três Pontes, em Paciência, na Zona Oeste.
Clima tenso na região
Em protesto a morte do miliciano, três ônibus foram sequestrados e usados como barricadas na Avenida Antares, em Santa Cruz. Um desses coletivos chegou a ser incendiado por criminosos na via, altura do Caminho do Congo.
A prática é comum por criminosos que integram a milícia de Zinho. O próprio Pipito foi o responsável por coordenar o ataque de grandes proporções que resultou em 35 ônibus queimados na Zona Oeste, em outubro de 2023. O incêndio dos coletivos aconteceu em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho de Zinho.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.