Carlos Henrique da Silva Paixão foi preso em São João de Meriti, na Baixada FluminenseDivulgação
Publicado 09/06/2024 20:30
Rio - Carlos Henrique da Silva Paixão, acusado de pertencer a uma quadrilha que extorquiu uma pessoa que contratou um garoto de programa, teve sua prisão preventiva mantida pela Justiça do Rio durante audiência de custódia realizada na tarde deste domingo (9). Outros três integrantes do grupo já haviam permanecidos detidos.
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A juíza Ariadne Villela Lopes analisou a legalidade da prisão do homem, que foi detido nesta sexta-feira (7) em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Carlos estava com um mandado de prisão em aberto pelos crimes de extorsão e associação criminosa e nada de ilegal foi encontrado no ato de prisão, fazendo com que suas detenção fosse mantida.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), o homem foi uma das pessoas, que participam da quadrilha, que recebeu dinheiro de uma vítima depois dela sofrer ameaças de expor sua sexualidade.
De acordo com as investigações, a vítima contratou Fábio dos Santos Pita Júnior, conhecido como Pedro Dom ou Pedro Dominador, através de um site de relacionamentos para fazer um programa com ela. Após os dois se encontrarem, Fábio entrou em contato com o cliente e perguntou se ele poderia lhe emprestar dinheiro, mas foi ignorado. 
Posteriormente, a vítima recebeu mensagens de um número de telefone desconhecido com imagens contendo dados pessoais, como seu endereço e o nome da empresa de seu pai. Ele também recebeu uma ligação, na qual foi acusado de pedofilia, uma vez que Fábio seria, supostamente, menor de idade, além de ter sido ameaçado de ter sua sexualidade revelada aos seus pais, fato que era desconhecido por eles.
Na ocasião, a vítima transferiu R$ 2 mil para a conta bancária de outro denunciado, João Fernandes Nunes, que segue foragido. Porém, pouco depois, um novo número entrou em contato com ela, enviando um vídeo da fachada de sua casa e novas ameaças de expor sua sexualidade. Assustada, a vítima realizou diversas outras transferências bancárias para as contas de Fabio, João e dos outros três denunciados, incluindo Carlos, totalizando R$ 71.770,40.
"A partir desse momento, mesmo bloqueando todos os números, outros surgiam e continuavam com os constrangimentos e ameaças, tendo a vítima, por temor, cedido e realizado diversas transferências, via PIX, para as contas indicadas, restando claro que todos os denunciados estavam em conluio, seja contatando e constrangendo a vítima, seja cedendo suas contas bancárias", destaca um dos trechos da denúncia.
Assim como Carlos, o garoto de programa Fábio, Cynara Ferreira da Silva e Ronaldo da Silva Gonçalves, que também receberam dinheiro da vítima, tiveram suas prisões mantidas neste sábado (8). Eles foram detidos na quinta-feira (6).
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