Camille Vitória e a mãe Janaína MonteiroReprodução / Arquivo Pessoal
Publicado 17/07/2024 10:17
Rio - Em um desabafo carregado de dor e tristeza, a enfermeira Janaína Monteiro Pereira, de 39 anos, falou sobre a angústia de perder sua filha Camille Vitória Monteiro, de 21 anos. A jovem estava desaparecida desde o dia 5 de julho, quando saiu de casa em Anchieta, na Zona Norte, para uma suposta entrevista de emprego no Centro do Rio. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata na Rodovia Rio-Magé, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (16). Em meio ao luto, a mãe expressou a saudade e o vazio deixado pela perda da filha.

Em entrevista ao DIA, Janaína contou que Camille era sorridente, alegre e tinha muitos planos para o futuro. "Ela era cheia de vida, uma mãe incrível que fazia tudo pelos filhos, tanto que ela saiu de casa em busca de um trabalho, que a gente não sabia o que era, para tentar uma vida melhor para os filhos. Eu sempre ajudei ela em tudo, nunca deixei faltar nada e sempre a apoiei, mas infelizmente fizeram isso com a minha menina", desabafou.

De acordo com a Polícia Civil, o corpo estava em avançado estado de decomposição e com as mesmas roupas usadas pela vítima no dia do desaparecimento. Segundo as investigações, Camille recebeu uma proposta de trabalho para tirar fotos e vídeos para comprovar a traição de uma mulher casada. A pessoa que ofereceu o serviço, segundo a corporação, é João Domingos Valente, zelador do Sport Clube Anchieta, local muito frequentado pela desaparecida e onde se conheceram.

Na delegacia, João disse que ofereceu esse serviço para Camille, após um antigo amigo, Ednalvaro Maia Rocha, ter lhe oferecido dinheiro pela indicação de uma mulher para o serviço. Ele contou ainda que o contratante seria uma terceira pessoa ainda não identificada. João intermediou o encontro de Camille e Ednalvaro, conhecido como 'Nito' e ex-policial militar.
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Nito teria levado Camille, na companhia de outros dois homens ainda não identificados, para ser morta. Após longas horas de depoimento, Ednalvaro foi convencido de levar os policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) até o local da ocultação do cadáver.

"Eu só quero justiça porque eu já perdi tudo e essa perda é imensurável, eu não consigo descrever o tamanho da minha dor. Eu só vou descansar quando os responsáveis pagarem pelo o que fizeram com ela. Minha filha era uma menina incrível, sorridente, alegra e cheia de vida, mas acabaram com isso e ceifaram a vida dela", lamentou Janaína.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada para a realização da perícia de local e o corpo removido para o Instituto Médico Legal de Teresópolis. Ainda não foi disponibilizado o laudo de necropsia com a causa da morte.

A jovem deixa três filhos, todos menores de idade, sendo o mais novo de apenas oito meses. Através das redes sociais, a mãe de Camille pediu ajuda para custear o velório, marcado para esta quarta-feira (17), às 15h30, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte. 
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