Integrantes do Sepe na porta da sede da prefeitura, na Cidade NovaPedro Teixeira/ Agência O Dia
Publicado 28/08/2024 17:35 | Atualizado 28/08/2024 18:46
Rio - Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) estiveram na porta da sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, na manhã desta quarta-feira (28). O motivo: a operação para a demolição de um condomínio de luxo construído pelo tráfico de drogas no Complexo da Maré, Zona Norte, e os consequentes riscos para professores, alunos e demais profissionais do setor que frequentam as escolas do entorno.
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O DIA teve acesso à ata de uma reunião que ocorreu paralelamente nesta manhã, entre integrantes do Sepe; a vereadora Luciana Boiteux (PSOL), integrante da Comissão de Educação na Câmara Municipal; e o professor Willman Costa, assessor especial de Renan Ferreirinha, responsável pela Secretaria Municipal de Educação (SME). No documento, há diferentes reivindicações.
Uma delas é sobre a revisão do horário das demolições e uma reunião entre a comunidade escolar, a SME e a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), que vem tocando em parceria com a Polícia Civil a derrubada de mais de 40 apartamentos na Maré – trabalho que chegou ao 10º dia consecutivo nesta quarta, deixando mais de 1,4 mil estudantes sem aula.
A ata faz menção ainda a uma "sensação de insegurança" e "riscos à segurança da comunidade escolar e dos moradores da Maré desde o início da operação". Para uma coordenadora geral do Sepe, o ideal seria uma paralisação na operação: "O impacto compromete todos os envolvidos, como alunos e profissionais. Não há ambiente saudável para o processo de ensino pedagógico. Ambos ficam extremamente nervosos. Daí a necessidade de suspensão da operação", disse Samantha Guedes ao DIA.
No entanto, o cenário parece ser de poucos avanços. A ata cita que "desde o dia 23 de agosto, os profissionais da Educação vêm buscar o diálogo, e ainda não há devolutiva".
Já a coordenadora Samantha Guedes – que é professora da rede municipal de ensino, atualmente com licença sindical – é contundente ao criticar o retorno que o Sepe vem tendo da SME: "Já tivemos três reuniões a laço, com pressão dos profissionais. E a Secretaria, simplesmente, não tem vontade política de resolver. Eles não estão nem aí pelas vidas dos nossos alunos e muito menos dos profissionais. Educadores não têm peito de aço".
A ata encerra destacando que o assessor do secretário Renan Ferreirinha ficou de avisar ao Sepe e à vereadora Luciana Boiteaux sobre a data de um novo encontro com a SME. À reportagem, a SME enviou uma nota afirmando que "tem como prioridade a segurança dos seus alunos e profissionais".
A secretaria ressaltou ainda que na reunião com representantes do Sepe ficou acordado que as faltas dos professores serão abonadas, após avaliação caso a caso, e que também esteve na pauta "a reposição de conteúdos para os alunos por conta da situação observada na região da Maré nas últimas semanas". A questão da segurança para profissionais do setor, que motivou o ato desta quarta, porém, a pasta não detalhou.
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