Corpo de Ythallo Raphael, de 6 anos, morto por envenenamento, foi sepultado no Cemitério de InhaúmaPedro Teixeira
Publicado 02/10/2024 16:40
Rio - Sob forte comoção, familiares e amigos se despediram do pequeno Ythallo Raphael Tobias, de 6 anos, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte, na tarde desta quarta-feira (2). A mãe da criança, Monique Tobias, passou mal no velório e foi levada para o Hospital Municipal Salgado Filho. O clima no enterro era de revolta e pedidos por justiça. "Quem matou Ythallo?", questionavam.
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Moradores levaram cartazes, bolas brancas e usaram camisas com o rosto da criança estampado. Momentos antes do cortejo, o grupo também cantou louvores. A Polícia Civil investiga se Ythallo e um amigo dele, de 6 anos, foram envenenados com um doce oferecido por uma mulher desconhecida na comunidade da Primavera, em Cavalcanti, na última segunda-feira (30).
O primo do menino, de 12 anos, esteve no enterro e contou como foi a abordagem da mulher. "Ela ofereceu o doce, mas eu não peguei porque estava de barriga cheia. Mas meu primo, que é menor, aceitou", disse. Michele Tobias Rosa, prima da mãe de Ythallo e a quem o menino chamava de tia, pediu ajuda para localizar a suspeita. "Essa mulher matou uma criança de 6 anos. Até quando crianças de comunidade não vão poder brincar em paz na rua? Hoje foi a mãe do Ythallo, mas amanhã serão outras mães. Isso não é uma mulher, é um monstro. Quem matou o Ythallo? Pedimos ajuda a quem for preciso", pediu.
Bastante emocionada, ela definiu o sobrinho como uma criança alegre e que gostava de dividir tudo com todos. O filho de Michele também costumava andar com Ythallo, mas não estava com ele no dia do acontecimento. "Hoje eu poderia estar chorando a morte do meu filho também", desabafou.
Ainda segundo Michele, a Rua Antonio Saraiva, local onde a suspeita ofereceu o doce, possui diversas câmeras que podem ajudar nas investigações. "Só quem tem acesso é a polícia, mas eles ainda não falaram nada", disse. 
O laudo inicial de necropsia feito no corpo de Ythallo encontrou partículas granuladas amarronzadas no estômago dele. O material foi encaminhado para um exame complementar toxicológico para identificar se ele ingeriu chumbinho. A criança que sobreviveu segue internada em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea.
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