Vitima estava internada no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona SulReprodução / Google Street View
Publicado 09/10/2024 19:31
Rio - O menino B.R.R., de 7 anos, que estava internado há 10 dias no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, depois de comer um bombom envenenado, teve a morte cerebral confirmada, nesta quarta-feira (9). Além dele, Ytallo Raphael Tobias, 6 anos, havia morrido no dia 30 de setembro.
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o protocolo para a confirmação diagnóstica de morte encefálica do paciente seguiu todo o processo técnico preconizado, sendo finalizado nesta quarta. A criança ficou em estado grave durante toda a internação na unidade. O pai do menino afirmou que o médico que atendeu o filho disse ter encontrado chumbinho no organismo dele.
B.R.R e Ytallo passaram mal, em momentos distintos, após comerem um doce na comunidade da Primavera, em Cavalcanti, na Zona Norte, no dia 30 de setembro. O mais novo sofreu uma parada cardioresspiratória e morreu na mesma data. As vítimas eram colegas de escola.
Inicialmente, o caso foi registrado na 44ª DP (Inhaúma) que descobriu, a partir do depoimento de um tio de Ytallo, que uma mulher em uma motocicleta ofereceu o bombom para o menino e o orientou a pegar o doce em sua bolsa. Após as oitivas do familiar e de outros parentes das vítimas, bem como da diretora da Escola Municipal Rostham Pedro de Farias, onde elas estudavam, da professora do menino mais velho e da diretora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, para onde foram levadas inicialmente, o inquérito foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
De acordo com a Polícia Civil, a especializada vai dar continuidade às investigações para identificar a pessoa responsável por oferecer o doce aos meninos e a motivação. O caso está sob sigilo.
Não há informações sobre o enterro da criança.
Despedida de criança
Ytallo Tobias foi sepultado na última quarta-feira (2) no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Durante o enterro, Monique Tobias, mãe da criança, passou mal, foi socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
Michele Tobias Rosa, prima da mãe do menino e a quem ele chamava de tia, pediu ajuda para localizar a suspeita. "Essa mulher matou uma criança de 6 anos. Até quando crianças de comunidade não vão poder brincar em paz na rua? Hoje foi a mãe do Ythallo, mas amanhã serão outras mães. Isso não é uma mulher, é um monstro. Quem matou o Ythallo? Pedimos ajuda a quem for preciso", pediu durante a cerimônia.
O laudo inicial de necropsia feito no corpo de Ythallo encontrou partículas granuladas amarronzadas no estômago dele. O material foi encaminhado para um exame complementar toxicológico para identificar se ele ingeriu chumbinho.
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