Coletiva de imprensa sobre a operação contra quadrilha de roubos de veículosPedro Teixeira/Agência O DIA
Publicado 15/10/2024 08:46
Rio - A Polícia Civil realizou, nesta terça-feira (15), a nova fase da Operação Torniquete com objetivo de cumprir 20 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa especializada em roubo e furto de veículos, seguidos da desmontagem e comercialização de suas peças. O grupo é investigado por movimentar mais de R$ 30 milhões em um ano. A ação de hoje terminou com 11 presos.

Durante a ação, os agentes atuaram nas comunidades da Guacha, Gogó da Ema e Santa Tereza, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e Baixa do Sapateiro e Timbau, no Complexo da Maré, na Zona Norte. Com o trabalho desta terça, a segunda fase da Torniquete ultrapassou 100 capturados – foram 106 presos em 35 dias.

As investigações revelaram que a quadrilha, chefiada pelo traficante Geonário Fernandes Pereira Moreno, conhecido como Genaro, morto em setembro deste ano, é responsável pela desmontagem de, aproximadamente, 80 veículos roubados ou furtados por semana, para fins de comercialização de suas peças e acessórios.

No esquema criminoso, os veículos roubados/furtados são levados para as comunidades da Guacha, Gogó da Ema e Santa Tereza, que sofrem influência da facção Terceiro Comando Puro (TCP), onde são desmontados, tendo suas peças armazenadas em depósitos alugados em nomes de laranjas.

Em seguida os materiais são enviadas para o estado de São Paulo, por Robson Lopes Alves, conhecido como Tobah, e Sidnei Carlos Alacrino De Oliveira Santos, o Foca, e de lá distribuídas para os estados de Goiás, Santa Catarina e Bahia, onde são comercializadas por ferros-velhos e lojas de auto-peças, abastecendo o mercado clandestino de peças de veículos.

No total, as buscas estão sendo realizadas nas cidades do Rio de Janeiro; Belford Roxo, na Baixada Fluminense; em Criciúma, no estado de São Paulo e na capital paulista; Goiânia, em Goiás; e Guanambi, na Bahia.

A ação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), em ação conjunta com a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), com apoio de unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), e da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE).
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Chefe do tráfico foi morto em confronto com PMs

O traficante Geonário Fernandes Pereira Moreno, de 41 anos, conhecido como Genaro, morreu baleado durante confronto com policiais militares em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no dia 17 de setembro deste ano. 
Ligado ao TCP, ele era considerado chefe do tráfico da região, além de ser investigado por liderar roubos de cargas no Arco Metropolitano, e em trechos das rodovias Presidente Dutra e Washington Luís.

Na ocasião, a morte desencadeou uma série de interrupções nos serviços locais de Belford Roxo. O clima de insegurança afetou por dois dias o funcionamento de escolas, unidades de saúde e comércios. A ordem de fechamento teria partido do tráfico.
 
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