Publicado 02/11/2024 10:26
Rio - 'Não vou poder ver meu filho crescer'. O desabafo é de Kleiton de Moura, pai de Carlos Eduardo de Moura, de 5 anos, morto ao ser baleado em Japeri, na Baixada Fluminense. O menino voltava com a mãe do mercado quando foi atingido por um disparo. A família esteve no Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu, na manhã deste sábado (2), para realizar a liberação do corpo.
Publicidade"Ele era um menino muito bom, sempre sorridente, sempre sonhando. Ele só tinha 5 anos, foi apenas comprar umas coisinhas com a mãe dele e infelizmente acabaram com mais uma família", lamentou o pai.
Ao DIA, o tio da criança, Jefferson de Moura, explicou a dinâmica do caso. "A viatura do Segurança Presente estava manobrando ali próximo e os bandidos se assustaram, aparentemente eles iam assaltar o mercado e atiraram para cima da van", explicou.
Segundo Jefferson, o sobrinho era muito querido por onde passava. "Ele era um garoto muito alegre, brincalhão, obediente, quando chegava na igreja não fazia bagunça, ficava sentado direitinho até o culto acabar, ia pra escola direitinho, brincava, não tinha o que reclamar desse criança, super carinhoso com o pai, mãe, irmão...", lamentou.
O menino estudava na Escola Municipal Darcílio Ayres Raunheitti. Em comunicado, a Prefeitura de Japeri informou que, assim como as secretarias municipais de Saúde e Educação, está " consternada com a tragédia ocorrida e se solidariza com a família e amigos".
Nas redes sociais, professores e amigos também lamentaram a morte. "Sem palavras para descrever essa dor. Meu aluno tão alegre, cheio de vida! Descanse em paz, Dudu", disse uma professora.
"Meu anjinho lindo, que Deus receba ele de braços abertos. Peço ao Senhor Jesus que venha confortar os corações dos familiares, amigos, professores e pricipalme da mãe e do pai. Descanse em paz Carlos Eduardo", comentou uma amiga da família.
Segundo Jefferson, o sobrinho era muito querido por onde passava. "Ele era um garoto muito alegre, brincalhão, obediente, quando chegava na igreja não fazia bagunça, ficava sentado direitinho até o culto acabar, ia pra escola direitinho, brincava, não tinha o que reclamar desse criança, super carinhoso com o pai, mãe, irmão...", lamentou.
O menino estudava na Escola Municipal Darcílio Ayres Raunheitti. Em comunicado, a Prefeitura de Japeri informou que, assim como as secretarias municipais de Saúde e Educação, está " consternada com a tragédia ocorrida e se solidariza com a família e amigos".
Nas redes sociais, professores e amigos também lamentaram a morte. "Sem palavras para descrever essa dor. Meu aluno tão alegre, cheio de vida! Descanse em paz, Dudu", disse uma professora.
"Meu anjinho lindo, que Deus receba ele de braços abertos. Peço ao Senhor Jesus que venha confortar os corações dos familiares, amigos, professores e pricipalme da mãe e do pai. Descanse em paz Carlos Eduardo", comentou uma amiga da família.
O sepultamento está marcado para as 16h deste sábado (2) no Cemitério Municipal de Japeri, na Baixada.
Relembre o caso
De acordo com a Operação Segurança Presente, agentes estavam em uma van próximo à comunidade Lago do Sapo quando foram alvo de disparos por parte de criminosos. Os tiros foram feitos no momento em que uma viatura manobrava ao lado da van, mas os policiais não teriam reagido aos disparos.
Relembre o caso
De acordo com a Operação Segurança Presente, agentes estavam em uma van próximo à comunidade Lago do Sapo quando foram alvo de disparos por parte de criminosos. Os tiros foram feitos no momento em que uma viatura manobrava ao lado da van, mas os policiais não teriam reagido aos disparos.
Carlos Eduardo deu entrada no Hospital Municipal de Japeri por volta das 10h40. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o menino chegou em estado grave, em parada cardiorrespiratória, e foi levado a sala vermelha, onde foram iniciadas as manobras de ressuscitação, mas não resistiu.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Baixada Fluminense tem maior número de crianças baleadas
Segundo informações do Instituto Fogo Cruzado, a Baixada Fluminense teve o maior número de crianças vítimas da violência armada no Grande Rio. Das 18 baleadas este ano, 12 foram atingidas na região.
Ainda segundo o levantamento, o número de crianças e adolescentes vítimas de disparos de arma de fogo chegou a 677 desde 2016. Desse número, 301 não resistiram e morreram. Isso quer dizer que, em média, a cada quatro dias uma criança ou adolescente é baleado.
O estudo aponta também que quase metade do total das vítimas foi atingida durante operações policiais (286 pessoas, equivalente a 47,6%). Um em cada quatro casos registrados aconteceu na Zona Norte da Capital. O Complexo do Alemão foi a localidade com mais casos mapeados. Apenas lá, 11 crianças e adolescentes foram mortos e 6 ficaram feridos.
O estudo aponta também que quase metade do total das vítimas foi atingida durante operações policiais (286 pessoas, equivalente a 47,6%). Um em cada quatro casos registrados aconteceu na Zona Norte da Capital. O Complexo do Alemão foi a localidade com mais casos mapeados. Apenas lá, 11 crianças e adolescentes foram mortos e 6 ficaram feridos.
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