Publicado 06/11/2024 14:18
Rio - O contraventor Rogério Andrade será transferido para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A informação é da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri do Rio determinou que o bicheiro deveria ficar detido em prisão de segurança máxima assim que autorizou o cumprimento do mandado de prisão.
Ainda não tem data marcada para a transferência. Atualmente, o contraventor está preso em uma cela isolada de 6m² na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, em Bangu 1, unidade prisional de segurança máxima do estado do Rio. Conforme apurado pela reportagem de O DIA, a cela em que Rogério está atualmente possui apenas uma cama de alvenaria, chuveiro, uma mesa de concreto com banquinho de concreto e um 'boi', que é um buraco aberto no chão, sem vaso sanitário, onde os detentos fazem as necessidades fisiológicas.
PublicidadeAinda não tem data marcada para a transferência. Atualmente, o contraventor está preso em uma cela isolada de 6m² na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, em Bangu 1, unidade prisional de segurança máxima do estado do Rio. Conforme apurado pela reportagem de O DIA, a cela em que Rogério está atualmente possui apenas uma cama de alvenaria, chuveiro, uma mesa de concreto com banquinho de concreto e um 'boi', que é um buraco aberto no chão, sem vaso sanitário, onde os detentos fazem as necessidades fisiológicas.
Rogério Andrade foi preso no último dia 29 em casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Ele é apontado como o mandante da morte de Fernando de Miranda Iggnácio, em 2020. A vítima e o denunciado são, respectivamente, genro e sobrinho de Castor de Andrade, um dos maiores chefes do jogo do bicho no Rio, que morreu em 1997, e disputavam os pontos do jogo do bicho.
O crime aconteceu em 10 de novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, quando Fernando Iggnácio desembarcava, e acabou atingido por três tiros, um deles na cabeça. De acordo com a denúncia de 2021 do Ministério Público, a morte de Fernando Iggnácio foi ordenada por Rogério de Andrade, o Patrão, e Marcio Araujo de Souza, e a execução realizada por Rodrigo Silva das Neves, Ygor Rodrigues Santos da Cruz, o Farofa, Pedro Emanuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro, o Pedrinho, e Otto Samuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro. Os seis foram denunciados pelo órgão, à época.
Segundo o MPRJ, por volta das 9h de 10 de novembro de 2020, Rodrigo, Ygor, Pedro Emanuel e Otto Samuel chegaram de carro ao local do crime e três deles invadiram um terreno baldio que fazia divisa com o heliporto. Eles estavam com, pelo menos, duas armas de alta energia cinética (fuzis PARA FAL e AK-47, ambos de calibre 7,62 mm).
Depois de esperarem por cerca de quatro horas, Fernando Iggnácio desembarcou em seu helicóptero, retornando de Angra dos Reis, na Costa Verde. Os denunciados, então, posicionaram as armas em cima de um muro próximo ao do estacionamento do heliporto, a uma distância de aproximadamente quatro metros do local onde estava estacionado o veículo da vítima. O bicheiro foi alvejado com três disparos, um deles na região da cabeça.
A denúncia apontou que Marcio, um dos responsáveis pela segurança pessoal de Rogério de Andrade, foi o responsável por contratar, a mando de Rogério, os outros denunciados para executarem o crime. A investigação identificou que Rodrigo das Neves e Ygor da Cruz já trabalharam como seguranças da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
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