Publicado 11/11/2024 14:15
Rio - A Polícia Militar prometeu reforçar e aprimorar o uso das câmeras corporais após as investigações do esquema de extorsão que levou à prisão de 22 agentes na Baixada Fluminense. O grupo foi acusado de extorquir pelo menos 54 comerciantes em Nova Iguaçu. As investigações revelaram que os policiais tentavam burlar o sistema de monitoramento, seja obstruindo as câmeras ou até mesmo deixando de utilizá-las durante o serviço para encobrir o 'Tour da propina'.
A Polícia Militar anunciou que um novo sistema será implementado: um alerta será emitido sempre que houver tentativa de tampar ou remover a câmera corporal. De acordo com a corporação, apesar das tentativas de driblar o uso das câmeras, as imagens capturadas foram essenciais para expor a conduta inadequada dos agentes.
Conversas interceptadas pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) revelam que os policiais traçavam estratégias para evitar que as extorsões fossem registradas pelas câmeras. Em uma das gravações divulgadas pela TV Globo, um sargento confessa: “Por isso que eu estou usando câmera. Eu não estou cometendo nenhum crime. O dia que eu cometer um crime, eu não vou usar câmera. Que idiotice”. O diálogo, captado pela própria câmera corporal do policial, expõe o descuido e o planejamento para burlar o sistema.
PublicidadeA Polícia Militar anunciou que um novo sistema será implementado: um alerta será emitido sempre que houver tentativa de tampar ou remover a câmera corporal. De acordo com a corporação, apesar das tentativas de driblar o uso das câmeras, as imagens capturadas foram essenciais para expor a conduta inadequada dos agentes.
Conversas interceptadas pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) revelam que os policiais traçavam estratégias para evitar que as extorsões fossem registradas pelas câmeras. Em uma das gravações divulgadas pela TV Globo, um sargento confessa: “Por isso que eu estou usando câmera. Eu não estou cometendo nenhum crime. O dia que eu cometer um crime, eu não vou usar câmera. Que idiotice”. O diálogo, captado pela própria câmera corporal do policial, expõe o descuido e o planejamento para burlar o sistema.
Além disso, as investigações mostraram a confusão entre os comerciantes extorquidos, que por vezes não sabiam qual grupo de policiais devia ser pago. Em uma das situações registradas, uma vítima disse ter pago a outro policial, ao que o agente respondeu que o dinheiro deveria ter sido entregue a ele.
A apuração teve início após uma denúncia anônima de que militares do 20º BPM (Mesquita) estariam recolhendo propina de uma loja de reciclagens no bairro Miguel Couto. Em seguida, a Delegacia de Polícia Judiciária Militar passou a monitorar o grupo e constatou que outros comerciantes também eram extorquidos.
A Corregedoria apurou que o pagamento era feito sempre às sextas-feiras. Segundo a denúncia, os agentes paravam a viatura nas lojas, alguém se aproximava e entregava o dinheiro ou um dos PMs descia do carro e entrava no estabelecimento. Em geral, os alvos eram locais de reciclagem e ferros-velhos, além de lojas de construção e distribuidores de gás.
A investigação apontou, ainda, que além do dinheiro, os policiais recolheram engradados de cerveja em depósitos e frutas em um hortifruti.
A apuração teve início após uma denúncia anônima de que militares do 20º BPM (Mesquita) estariam recolhendo propina de uma loja de reciclagens no bairro Miguel Couto. Em seguida, a Delegacia de Polícia Judiciária Militar passou a monitorar o grupo e constatou que outros comerciantes também eram extorquidos.
A Corregedoria apurou que o pagamento era feito sempre às sextas-feiras. Segundo a denúncia, os agentes paravam a viatura nas lojas, alguém se aproximava e entregava o dinheiro ou um dos PMs descia do carro e entrava no estabelecimento. Em geral, os alvos eram locais de reciclagem e ferros-velhos, além de lojas de construção e distribuidores de gás.
A investigação apontou, ainda, que além do dinheiro, os policiais recolheram engradados de cerveja em depósitos e frutas em um hortifruti.
Ao concordar com o pedido de prisão formulado pela Corregedoria da PM, o MPRJ destacou o comportamento dos denunciados, que seguiam com a prática de vários crimes durante o serviço e em plena via pública, transformando o trabalho em uma verdadeira caçada ao 'arrego'.
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