Publicado 12/11/2024 08:16
Rio - A Justiça do Rio realizou, na tarde desta terça-feira (12), a 1ª audiência de instrução e julgamento de Érika de Souza Nunes, denunciada por levar o cadáver do tio Paulo Roberto Braga, 68 anos, para sacar um empréstimo em um banco em Bangu, na Zona Oeste, em abril deste ano.
PublicidadeForam ouvidas seis testemunhas de acusação, mas algumas faltaram e, por isso, uma nova audiência foi marcada para o dia 18 de fevereiro. Posteriormente, a juíza da 2ª Vara Criminal de Bangu ouvirá as testemunhas de defesa.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, embora o empréstimo tenha sido contratado pelo idoso, quando ele ainda estava vivo, o saque de quase R$ 18 mil não poderia mais ser realizado, pois a vítima já tinha falecido quando a mulher foi presa em flagrante, no dia 16 de abril. Na ocasião, funcionários da agência estranharam a situação e acionaram o Serviço Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte.
A sobrinha cumpre medidas cautelares desde 2 de maio após ter a prisão revogada pela Justiça. Ela responde pelos crimes de estelionato e vilipêndio de cadáver.
Ainda segundo o MPRJ, Érika, mediante a fraude, tentou se apropriar de valores que não seriam mais utilizados em favor de seu tio, o que ocasionaria um prejuízo ao banco que concedeu o empréstimo. Além disso, a promotoria alega "desprezo e desrespeito" pelo idoso ao levá-lo ao banco morto para realizar o saque do dinheiro, o que justificou a denúncia pelo crime de vilipêndio de cadáver.
Já a defesa de Érika, representada pela advogada Ana Carla de Souza Correia, garante que ela é inocente.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, embora o empréstimo tenha sido contratado pelo idoso, quando ele ainda estava vivo, o saque de quase R$ 18 mil não poderia mais ser realizado, pois a vítima já tinha falecido quando a mulher foi presa em flagrante, no dia 16 de abril. Na ocasião, funcionários da agência estranharam a situação e acionaram o Serviço Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte.
A sobrinha cumpre medidas cautelares desde 2 de maio após ter a prisão revogada pela Justiça. Ela responde pelos crimes de estelionato e vilipêndio de cadáver.
Ainda segundo o MPRJ, Érika, mediante a fraude, tentou se apropriar de valores que não seriam mais utilizados em favor de seu tio, o que ocasionaria um prejuízo ao banco que concedeu o empréstimo. Além disso, a promotoria alega "desprezo e desrespeito" pelo idoso ao levá-lo ao banco morto para realizar o saque do dinheiro, o que justificou a denúncia pelo crime de vilipêndio de cadáver.
Já a defesa de Érika, representada pela advogada Ana Carla de Souza Correia, garante que ela é inocente.
Relembre o caso
Paulo foi levado por Érika a uma agência bancária em Bangu. Na ocasião, ela se apresentou aos funcionários como sua sobrinha para resgatar R$ 17.975,38 do empréstimo realizado em nome do idoso. A mulher entrou com o cadáver em uma cadeira de rodas e falou com ele normalmente, pedindo inclusive para que o tio assinasse o documento que autorizava o recolhimento do dinheiro.
Paulo foi levado por Érika a uma agência bancária em Bangu. Na ocasião, ela se apresentou aos funcionários como sua sobrinha para resgatar R$ 17.975,38 do empréstimo realizado em nome do idoso. A mulher entrou com o cadáver em uma cadeira de rodas e falou com ele normalmente, pedindo inclusive para que o tio assinasse o documento que autorizava o recolhimento do dinheiro.
Funcionários da agência bancária desconfiaram e chamaram equipes do Samu. Contrariando o que a mulher falou, os agentes identificaram que Paulo teria morrido há cerca de duas horas, conforme explicou o delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso. Segundo o titular da 34ª DP, livores cadavéricos, que são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação, indicam que Paulo não teria morrido sentado, como estava na cadeira, mas possivelmente deitado.
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