Publicado 12/11/2024 15:49 | Atualizado 12/11/2024 15:52
Rio - Duas semanas após o desaparecimento de Vitor Hugo Coelho Monteiro, de 18 anos, familiares seguem buscando o jovem, visto pela última vez no dia 29 de outubro, quando saiu de casa para encontrar um amigo no Recreio, Zona Oeste do Rio. Nesta terça-feira (12), a mãe e a namorada de Russo, como é conhecido, estiveram em uma área de mata na subida da Serra da Grota Funda, na Estrada do Pontal, para espalhar cartazes com foto.
PublicidadeAo DIA, Melissa de Oliveira Monteiro, mãe de Vitor Hugo, revelou que as últimas semanas têm sido agoniantes e desesperadoras para familiares e amigos. Apesar da falta de notícias, ela e a namorada do rapaz, Beatriz Rosa da Silva, continuam a procurá-lo por conta própria todos os dias.
"Eu tenho esperança de encontrá-lo com vida. Se não tem corpo, tem esperança. Por isso que eu corro em tudo que é lugar, pois ainda acredito que vou achar meu filho vivo. A minha filha não está comendo. Ela é muito apegada ao irmão. Está muito difícil. Todo mundo está em um desespero muito grande, uma agonia. É uma dor enorme", desabafou Melissa.
Na segunda-feira (4), a mãe e a namorada de Russo estiveram na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), na Cidade da Polícia, Jacaré, Zona Norte. A expectativa era que os agentes da especializada avaliassem imagens de câmeras de segurança do local onde Vitor foi visto pelo última vez e outros pontos por onde ele passou antes de sumir.
"Fui à delegacia duas vezes, mas eles falaram que estão trabalhando, que a investigação está sob sigilo, e eu não tenho resposta nenhuma. Ninguém me fala nada ou me dá uma luz. Eu já fui em vários lugares e não tenho resposta de ninguém. Eles têm que entender o desespero que eu estou e precisam me dar algum retorno", reforçou.
Melissa disse ainda que já andou por boa parte da Serra da Grota Funda e buscou o corpo do filho nos hospitais Lourenço Jorge, na Barra, e Rocha Faria, em Campo Grande. O pai de Russo chegou a procurá-lo no Instituto Médico Legal (IML) do bairro, sem sucesso.
Esperança e aflição
No dia 2 de outubro, a mãe, a namorada e a avó de Russo foram até Cosmos, Zona Oeste, na esperança de encontrá-lo após receberem informações sobre seu paradeiro. No dia seguinte, elas estiveram na mata do Pontal perto do posto de combustíveis onde o jovem passou no dia do desaparecimento.
De acordo com Beatriz, Vitor Hugo se encontrou com um amigo próximo à estação de BRT do Recreio Shopping no dia do desaparecimento. Em conversas com a namorada, ele chegou a mencionar que "o clima estava estranho" e que queria ir embora. Por volta das 20h, ela perdeu contato com Russo e ligou para o amigo, que disse ter parado o carro por falta de combustível na subida da Serra da Grota Funda e buscado gasolina em um posto nas proximidades, alegando que Russo já havia desaparecido quando ele retornou.
Melissa e Beatriz foram ao local e, de acordo com um funcionário, imagens das câmeras de segurança flagraram o momento em que o amigo do rapaz aparece pedindo gasolina. Conforme o relato, o empregado informou que as gravações mostram carro parado em frente ao estabelecimento, do outro lado da rua, sem sinal de Vitor Hugo. As duas acreditam que o desaparecimento tenha sido motivado por alguma rixa.
Morador da comunidade Três Pontes, em Paciência, Vitor Hugo fazia autoescola e aguardava ser chamado para servir o Exército. Ele vestia blusa e calça preta quando foi visto pela última vez. Procurada pela reportagem, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre a investigação. O espaço segue aberto para posicionamento.
*Reportagem do estagiário João Pedro Bellizzi, sob supervisão de Thiago Antunes
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