Publicado 21/11/2024 11:56
Rio - O esquema de segurança montado pelas Forças Armadas para a cúpula do G20 foi executado com sucesso e dentro do planejado, conforme destacado pelo General de Brigada Lúcio Alves de Souza, chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Leste (CML). Em entrevista coletiva no Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio, nesta quinta-feira (21), o militar afirmou que o grande objetivo era garantir a segurança dos chefes de Estado e criar um ambiente de tranquilidade tanto para as autoridades quanto para a população carioca.
PublicidadeCerca de 22 mil militares foram mobilizados para a operação, sendo 18 mil do Exército Brasileiro, 2.100 da Marinha do Brasil e 1.600 da Força Aérea Brasileira. Além disso, os recursos utilizados incluíram 18 embarcações, 5 navios, mais de 700 viaturas, cerca de 30 blindados, 9 aviões, 7 helicópteros e 200 motocicletas.
"A avaliação nossa do evento é que ele ocorreu conforme nós havíamos planejado. Todas as ações foram executadas, e o grande objetivo, que era prover a segurança dos chefes de Estado e um ambiente tranquilo, foi alcançado. O legado que fica é a integração e a confiança institucional criada entre as diversas agências envolvidas, com missões e valores distintos, mas focadas em um objetivo comum", afirmou o general.
Com os principais líderes do G20 hospedados na Zona Sul, especialmente em Copacabana, foram montados 49 pontos fortes e intensificado o patrulhamento nas regiões de interesse, incluindo vias de acesso e hotéis. "Não só nos hotéis, esses pontos fortes, mas também nas vias por onde as autoridades circulavam", explicou o general. A principal área de atenção foi o Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, local da cúpula do G20. Segundo ele, houve uma análise detalhada da região, identificando pontos de interesse e apoio, além de planejar as distâncias e posicionamentos das tropas para otimizar a execução das ações.
Outro destaque foi o sistema antidrone implantado para o evento. Uma área de exclusão foi estabelecida em Copacabana e no entorno do MAM, proibindo voos de drones e aeronaves, incluindo militares. "Tínhamos um sistema centralizado com protocolo de emprego. O equipamento rastreava e monitorava toda a área. Caso fosse detectada uma ameaça, os meios eram empregados para neutralizá-la. Apenas um incidente foi registrado, no Aterro do Flamengo, quando um drone entrou na área de exclusão e foi interceptado. Era apenas um curioso tentando fazer imagens do evento", relatou o general.
Com os principais líderes do G20 hospedados na Zona Sul, especialmente em Copacabana, foram montados 49 pontos fortes e intensificado o patrulhamento nas regiões de interesse, incluindo vias de acesso e hotéis. "Não só nos hotéis, esses pontos fortes, mas também nas vias por onde as autoridades circulavam", explicou o general. A principal área de atenção foi o Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, local da cúpula do G20. Segundo ele, houve uma análise detalhada da região, identificando pontos de interesse e apoio, além de planejar as distâncias e posicionamentos das tropas para otimizar a execução das ações.
Outro destaque foi o sistema antidrone implantado para o evento. Uma área de exclusão foi estabelecida em Copacabana e no entorno do MAM, proibindo voos de drones e aeronaves, incluindo militares. "Tínhamos um sistema centralizado com protocolo de emprego. O equipamento rastreava e monitorava toda a área. Caso fosse detectada uma ameaça, os meios eram empregados para neutralizá-la. Apenas um incidente foi registrado, no Aterro do Flamengo, quando um drone entrou na área de exclusão e foi interceptado. Era apenas um curioso tentando fazer imagens do evento", relatou o general.
Durante a presença dos militares no Rio, a sensação de segurança percebida pela população foi significativamente maior do que no cotidiano. Questionado sobre a possibilidade de uma permanência das Forças Armadas nas ruas, o general explicou que a atuação dos militares está limitada ao que prevê a Constituição, sendo necessária a emissão de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que sejam empregados em situações de segurança pública. A validade do decreto da GLO termina nesta quinta-feira (21).
"Eu sei que a população tem esse anseio, mas a Constituição é o que nos baliza. Então, por mais que seja uma vontade da população, eu tenho uma limitação legal. O que pauta a gente é a missão constitucional. A nossa missão constitucional prevê a defesa da pátria, a integridade das instituições, que dentro dessa missão constitucional tem lá a garantia da lei e da ordem. A gente é empregado, como aconteceu em todos os grandes eventos, precisa desse decreto de GLO, e esse decreto tem as especificidades dele. Por isso que nós somos empregados quando isso é decretado, porque aí nos dá poder de polícia. Talvez, para que isso fosse uma coisa permanente, seria necessário mudar a minha missão constitucional".
Um incidente no domingo (17), ainda durante a operação de segurança do G20, chamou atenção, quando militares da Brigada Paraquedista do Exército, que realizavam patrulhamento na Linha Amarela, na altura da Cidade de Deus, Zona Oeste, foram alvo de disparos. O general comentou o episódio, afirmando que situações como essa já estavam previstas no planejamento.
"Quando você está com tropa na rua e num ambiente de segurança pública como o que nós todos conhecemos, estava dentro do nosso escopo imaginar que talvez acontecesse isso. E acontece porque disparo não escolhe farda, ele vai atingir qualquer farda. A tropa parou para socorrer um veículo que estava no acostamento e, quando chegou, houve disparos de arma de fogo. Não necessariamente em direção à tropa, mas obviamente, numa ação como essa, a tropa se abrigou, e logo em seguida a Polícia Militar veio em reforço", explicou o general.
O G20 é um dos mais importantes fóruns econômicos globais, reunindo as maiores economias do mundo para discutir temas cruciais como desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, combate à fome e à pobreza, entre outros. Com a presença de líderes de destaque mundial e delegações, exige uma logística e segurança altamente complexas, sendo considerado uma vitrine para o país anfitrião. Entre os dias 14 e 19, a cidade do Rio recebeu diversos eventos, entre eles as reuniões da cúpula, nas últimas segunda e terça-feira.
O G20 é um dos mais importantes fóruns econômicos globais, reunindo as maiores economias do mundo para discutir temas cruciais como desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, combate à fome e à pobreza, entre outros. Com a presença de líderes de destaque mundial e delegações, exige uma logística e segurança altamente complexas, sendo considerado uma vitrine para o país anfitrião. Entre os dias 14 e 19, a cidade do Rio recebeu diversos eventos, entre eles as reuniões da cúpula, nas últimas segunda e terça-feira.
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