Através das redes sociais, o prefeito do Rio demonstrou insatisfação com a demora Renan Areias / Agência O Dia
Publicado 29/11/2024 11:10 | Atualizado 29/11/2024 17:53
Rio - O prefeito Eduardo Paes expressou sua insatisfação com a demora na normalização do abastecimento de água após a manutenção preventiva do Sistema Guandu, que gerou transtornos em várias regiões do RJ. Através das redes sociais nesta sexta-feira (29), Paes afirmou que é compreensível que o sistema necessite da revisão, mas alega que não pode ser aceito o prolongamento do desabastecimento além das 24 horas previstas para a retomada dos serviços.

"É absolutamente compreensível que o sistema de água da cidade do Rio tenha que passar por sua manutenção anual. Obviamente, ideal seria que isso acontecesse no inverno mas imagino que existam razões para que não aconteça assim. O que não dá para aceitar é que passadas as 24hs dessa manutenção o abastecimento de água ainda não tem sido normalizado", escreveu.
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A Companhia de Águas e Esgotos do Rio (Cedae) concluiu a manutenção às 22h de terça-feira (26), porém a operação completa só foi retomada às 10h55 de quinta-feira (28), o que levou o prefeito a exigir rigor na aplicação de punições pelo Procon Carioca. Paes ressaltou que, embora o abastecimento de água seja responsabilidade estadual, o município dispõe de instrumentos para agir em defesa da população.

Eduardo Paes também enfatizou que a situação afeta hospitais e clínicas, colocando vidas em risco pela demora na normalização. "Não bastasse o transtorno que está causando à população em várias áreas da cidade, existem prédios como hospitais e clínicas que passam por situações que implicam inclusive em risco de vida pela demora na normalização do abastecimento", explicou.

Embora o Sistema Guandu tenha voltado a operar com capacidade total, a previsão é de que a água só volte a todas as áreas da capital e Baixada Fluminense em até 72 horas. A Cedae informou que o sistema estava apto a operar desde o término da manutenção, mas a retomada foi condicionada aos serviços realizados pelas concessionárias, finalizados apenas entre terça (26) e quarta-feira (27).
A retomada da capacidade total também dependia da Águas do Rio finalizar, no Complexo do Lins, a instalação de um macromedidor na subadutora da Zona Norte, tubulação que abastece a Grande Tijuca, Bairro de Fátima, Botafogo, Catete, Cosme Velho, Glória (partes), Laranjeiras, Leme, Santa Teresa e Urca (partes).
Segundo a concessionária, técnicos realizaram serviços de melhoria no sistema de distribuição que já foram concluídos. Assim como o reparo da adutora que se rompeu em Rocha Miranda, que integra o Sistema de Ribeirão das Lajes. Com isso, a empresa informou que toda a área atendida deve ser normalizada no prazo de até 72 horas, podendo ser ainda maior nas áreas elevadas e pontas das redes.
Segundo a Cedae, a manutenção preventiva anual é uma medida de segurança necessária para garantir o pleno funcionamento do Sistema Guandu durante o verão, período em que a demanda por água aumenta. O processo envolveu mais de 500 profissionais, incluindo engenheiros, eletricistas, mecânicos e agentes de saneamento. Este ano, o serviço incluiu também obras de modernização do sistema, como a instalação de válvulas dos macromedidores, equipamentos capazes de realizar a medição de grandes vazões de água, possibilitando maior controle de perdas.
Procon Carioca notifica Águas do Rio
O Procon Carioca notificou nesta sexta-feira a Águas do Rio por conta de falhas no fornecimento de água na cidade do Rio de Janeiro, que acontecem desde terça-feira. A notificação tem o objetivo de apurar infração prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a empresa tem o prazo de 48 horas para apresentar a defesa ao instituto. Caso seja configurada a infração, a Águas do Rio será multada.

A falha na prestação de serviço de fornecimento de água afetou também diversas unidades de saúde da rede pública e privada da cidade, além de impactar o funcionamento de outros órgãos públicos e instituições de ensino, bem como na rotina de empresas privadas e no dia a dia da população.

“Na semana em que o Rio registrou o dia mais quente do ano, superando a marca de 40º C, os consumidores ainda estão sem fornecimento regular desse serviço público essencial, o que vem afetando de forma grave a vida dos cariocas. É responsabilidade da empresa que o abastecimento de água seja restabelecido de forma adequada, eficiente, segura e contínua. A interrupção injustificada e, ainda, sem o aviso prévio aos consumidores, é uma violação ao Código de Defesa do Consumidor”, informa Renata Ruback, diretora-executiva do Procon Carioca.
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