Moradores de condomínio no Engenho Novo usam água da piscina parar driblar desabastecimentoReprodução
É o caso de moradores de bairros na região do Grande Méier. Segundo o empresário, Anderson Ramos, de 52 anos, morador do Engenho Novo, seu condomínio está sem água desde esta quarta-feira (27). "Ninguém tomou banho lá em casa de ontem para hoje. Estamos escovando os dentes com água mineral. Pedi a menina que trabalha lá em casa para usar água mineral. Estão pegando água da piscina para jogar no vaso. Uma loucura", criticou.
"Se não melhorar, vou para casa de um parente em Copacabana. Não dá. Você até fica sem lavar roupa, sem fazer algumas coisas, mas a higiene pessoal é algo que não dá para ficar sem", contou o empresário que também passou por dificuldades para encontrar água mineral em mercados do bairro. "Prateleiras quase vazias", disse.
Ainda segundo ele, o condomínio onde mora, na Rua Frei Fabiano, chegou a solicitar carros-pipa para a concessionária Águas do Rio, mas a empresa respondeu que está priorizando hospitais, colégios, creches e unidades de segurança.
Nas redes sociais, há relatos de falta d'água também em bairros como Méier, Todos os Santos, Engenho de Dentro, Del Castilho, Pilares e Inhaúma, na Zona Norte. Todos os bairros são atendidos pela Águas do Rio. "Um calor desgraçado e Inhaúma sem água. Como é bom viver", criticou uma moradora, em publicação no X, antigo Twitter.
Há também relatos de problemas de desabastecimento na Zona Oeste, onde a distribuição é responsabilidade da Rio + Saneamento. Campo Grande, Bangu, Deodoro e Paciência são algumas das localidades. "Dois dias de calor extremo no RJ e o Rio sem água nos dois dias. Sem uma gota de água no chuveiro. Meio-dia e sensação térmica queimando nos 40 graus", comentou outra usuária do X.
Em nota, a Cedae informou que a manutenção do Sistema Guandu foi concluída ainda na noite de terça-feira (26), mas a retomada da produção foi adiada a pedido das próprias concessionárias de distribuição. A operação em sua capacidade total só foi liberada nesta quinta-feira, perto das 11h.
Segundo a Águas do Rio, a empresa realizava serviços de melhoria no sistema de distribuição que já foram concluídos. Assim como o reparo da adutora que se rompeu em Rocha Miranda, que integra o Sistema de Ribeirão das Lajes. Com isso, a empresa informou que toda a área atendida deve ser normalizada no prazo de até 72 horas, podendo ser ainda maior nas áreas elevadas e pontas das redes.
Questionada sobre o problema dos caminhões-pipa, a empresa confirmou que vem dando prioridade apenas para os serviços de saúde.
Através das redes sociais, a Rio + Saneamento informou que o retorno da água em sua área atendida também ocorrerá de forma gradual num intervalo de até 72 horas. A previsão é a mesma passada pela Iguá Saneamento, que atende a alguns bairros da Zona Oeste.
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