Publicado 06/02/2025 18:46
Rio - Colegas de profissão da inspetora Viviane Maia da Rosa, de 33 anos, seguem mobilizados na campanha de doação de sangue para ela. A agente está internada em estado grave desde terça-feira (4), no Hospital Moacyr do Carmo, após ser baleada quatro vezes no peito e abdômen pelo namorado, o policial civil Vinicius Silva de Souza, de 29 anos.
PublicidadeA campanha teve início na quarta (5), promovida pela Coligação e pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (6), a inspetora da Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias (Deam) ainda precisava de doações.
"Estamos mobilizando doações de sangue para a policial civil Viviane Maia da Rosa. Sua ajuda é essencial! Cada doação faz a diferença. Contamos com você! Força e honra", disse a Coligação. O Sindpol-RJ também se pronunciou nas redes sociais: "Informamos a toda a categoria que a colega policial civil Viviane Maia da Rosa precisa de doação de sangue, de qualquer tipo sanguíneo".
"Estamos mobilizando doações de sangue para a policial civil Viviane Maia da Rosa. Sua ajuda é essencial! Cada doação faz a diferença. Contamos com você! Força e honra", disse a Coligação. O Sindpol-RJ também se pronunciou nas redes sociais: "Informamos a toda a categoria que a colega policial civil Viviane Maia da Rosa precisa de doação de sangue, de qualquer tipo sanguíneo".
As doações podem ser de qualquer tipo sanguíneo e devem ser feitas no Hemorio, na Rua Frei Caneca, nº 8, no Centro. No momento em que doar, basta o doador informar o nome da inspetora e o Hospital Moacyr do Carmo, onde ela está internada.
Veja o que se sabe sobre o ataque
- Na manhã de terça-feira (4), o policial Vinícius, lotado na 59ª DP (Caxias), atirou quatro vezes na direção da namorada, que estava no estacionamento da especializada. A vítima trabalha na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que fica no mesmo prédio da 59ª DP, mas no andar de cima.
- Em seguida, ele fugiu em direção à sede da 59ª DP (Caxiais), onde entrou em confronto com outros policiais da delegacia e da equipe da Segurança Presente. Ao fim dos disparos, o agente foi encontrado caído no chão, baleado. Ele morreu antes de chegar no hospital.
- Viviane foi socorrida e levada para o Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, onde passou por cirurgia. A agente segue internada no CTI em estado grave.
- Nos pertences do agente, os policiais encontraram remédios para esquizofrenia, o que pode indicar um surto psicótico. O advogado Gustavo Ferreira Lopes, 26 anos, um dos feridos no tiroteio, disse que o policial não obedeceu aos comandos dos colegas e fez sucessivos disparos. "Eu acho que ele estava em surto. Ele não falava, não respondia, só atirava contra os policiais e populares. Em seguida, fez um outro disparo na porta da delegacia", disse a testemunha.
- Segundo colegas de trabalho da vítima, a inspetora propôs dar um fim no relacionamento com o agressor dias antes do ataque. A relação estava estremecida desde então e a policial chegou a se queixar do comportamento dele.
- A investigação está em andamento na 59ª DP e na Deam Caxias, com apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Violência contra mulher
Este não foi um caso isolado de violência contra a mulher no Rio de Janeiro. Segundo um levantamento da Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180, em 2024, 112.164 ligações registrados no estado do Rio de Janeiro. Um aumento de 2,2% em relação a 2023, quando 109.720 ligações foram computadas.
Também houve aumento de 10,6% no número de denúncias, passando de 19.453 em 2023 para 21.528 em 2024. Desse total, 19.584 foram recebidas por telefone e 1.527 por WhatsApp. Entre as denúncias, 15.653 foram apresentadas pela própria vítima. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas: 9.389 denúncias tinham este contexto. A residência compartilhada por vítima e suspeito também é local de grande parte das denúncias no Rio de Janeiro, com 6.522 casos.
A violência contra mulheres entre 40 e 44 anos (3.545 vítimas) representa o maior número de denúncias. São as mulheres pretas e pardas as vítimas mais frequentes (12.351). No geral, em relação à frequência da violência 9.899 vítimas disseram que ela acontece diariamente e 4.375 disseram que ocorre ocasionalmente. Foram denunciados 2.651 companheiros(as) e 3.735 ex-companheiros(as).
Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento significativo no número de atendimentos realizados pela central reflete a maior confiança da população brasileira, em especial das mulheres, no Ligue 180. "Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, como para o correto tratamento e encaminhamento das denúncias aos órgãos competentes, aumentando a confiança no canal. Além disso, temos intensificado as campanhas para ampliar a divulgação do Ligue 180, inclusive o atendimento no WhatsApp", explica a ministra.
Pode fazer a ligação gratuita (ligue 180) de qualquer lugar do Brasil, 24 horas, todos os dias da semana (inclusive finais de semana e feriados). Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do telefone 190.
A violência contra mulheres entre 40 e 44 anos (3.545 vítimas) representa o maior número de denúncias. São as mulheres pretas e pardas as vítimas mais frequentes (12.351). No geral, em relação à frequência da violência 9.899 vítimas disseram que ela acontece diariamente e 4.375 disseram que ocorre ocasionalmente. Foram denunciados 2.651 companheiros(as) e 3.735 ex-companheiros(as).
Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento significativo no número de atendimentos realizados pela central reflete a maior confiança da população brasileira, em especial das mulheres, no Ligue 180. "Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, como para o correto tratamento e encaminhamento das denúncias aos órgãos competentes, aumentando a confiança no canal. Além disso, temos intensificado as campanhas para ampliar a divulgação do Ligue 180, inclusive o atendimento no WhatsApp", explica a ministra.
Pode fazer a ligação gratuita (ligue 180) de qualquer lugar do Brasil, 24 horas, todos os dias da semana (inclusive finais de semana e feriados). Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do telefone 190.
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