Rio - A professora Monica Lima foi empossada como nova diretora do Arquivo Nacional, órgão central do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Siga) do governo federal, integrante da estrutura do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A cerimônia de posse aconteceu no último dia 24, na sede do Arquivo Nacional, na Praça da República, no Centro. Na ocasião, Monica divulgou planos para a instituição. "Já teremos as primeiras ações de recolhimento no mês de março, a serem anunciadas dentro de um processo de fortalecimento do Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil — Memórias Reveladas. Consideramos muito importante que esse centro recupere o que de melhor pode ter e possa alcançar uma dimensão ainda maior de reconhecimento e conhecimento sobre suas possibilidades", disse ela ao portal do governo federal.
No Instagram da ministra Esther Dweck, Monica destacou a importância do Arquivo. "É a principal instituição para guarda, preservação e divulgação dos documentos de diferentes tipos que nos possibilitam acessar informações sobre a história e memória desse país. Além disso, outra função fundamental é que no Arquivo Nacional que se formula políticas de gestão de documentos que servem para toda esfera federal e para instituições arquivísticas de memória do país", explicou.
A nova diretora-geral destacou ainda o compromisso com o fortalecimento do órgão e a importância do diálogo na nova gestão. "Tenho à frente um desafio e sei disso. Quero poder fazer muito pelo fortalecimento do Arquivo Nacional e sei que não estou sozinha nesse projeto. Precisamos exercitar a transparência, o diálogo e o reconhecimento."
Dweck também compartilhou uma reflexão no portal do governo federal. "A memória não pertence a um único segmento ou a uma única vertente: ela é plural, diversa, formada por múltiplas vozes e experiências. A memória de um país se constrói a partir da junção das grandes realizações, das pequenas lutas cotidianas, das figuras imortais e das histórias invisíveis. Acredito que a Mônica saberá construir esse valoroso projeto para o Arquivo Nacional", salientou.
Historiadora e professora
A nova diretora é historiadora e atua na área da educação há cerca de 40 anos. Desde 2011, ela é professora do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordenou o Laboratório de Estudos Africanos (LEÁFRICA) e participou do grupo de pesquisadores que redigiu o dossiê para declaração do Cais do Valongo como Patrimônio Mundial.
A historiadora também foi consultora do projeto de Museu do Território na Pequena África, iniciativa do Instituto de História e Cultura Afro-Brasileira (IHCAB).
Monica Lima é a trigésima diretora-geral do Arquivo Nacional – a sexta mulher a ocupar o posto. Como decorrência do cargo, ela também assumirá a presidência do Conselho Nacional de Arquivos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.