Iniciativa é da Secretaria de Política para Mulheres e Cuidados com apoio do Rio ÔnibusDivulgação

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Rio - A população carioca e os profissionais do setor rodoviário ganharam, nesta sexta-feira (9), uma nova arma para combater o assédio nos transportes públicos. Lançada na Casa da Mulher Carioca Tia Doca, em Madureira, na Zona Norte, a cartilha 'Transporte sem Assédio' tem como objetivo explicar sobre a violência sexual e divulgar as formas de auxílio às vítimas.
A iniciativa, realizada pela Secretaria Municipal de Política para Mulheres e Cuidados em conjunto com o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio (Rio Ônibus), busca conquistar um transporte mais seguro e inclusivo para mulheres. No guia, foram disponibilizadas explicações sobre o que é assédio e violência sexual, o que cada um pode fazer para auxiliar no combate a esse tipo de crime, os principais canais de denúncia e também pontos de apoio às vítimas.
Segundo uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão, 73% das mulheres afirmaram já ter sofrido assédio em seus deslocamentos.
A cartilha está disponível no site do Rio Ônibus e pode ser acessada por meio de um QR code disponibilizado em adesivos que equipam os quatro mil ônibus que circulam pela cidade todos os dias.
Para a secretária Joyce Trindade, o compromisso do projeto é transformar o cotidiano das mulheres iniciando por onde elas enfrentam mais medo. "Assédio não é parte da rotina, é crime. Essa cartilha é uma ferramenta de conscientização, mas também de ação. Precisamos todos trabalhar por um transporte mais seguro para mulheres", disse.
Segundo o presidente do Rio Ônibus, João Gouveia, o documento marca mais um passo na parceria entre o Sindicato e a Secretaria, que se uniram em prol de utilizar o grande alcance do transporte por ônibus para conscientização sobre o tema.
“Atualmente, o transporte por ônibus vai além de ser o principal meio de locomoção no município. Nós estamos empenhados em utilizar a grande capilaridade do nosso modal para transformar verdadeiramente a cidade e o dia a dia de quem vive aqui e essa é, sem dúvidas, uma das causas mais urgentes com a qual nossa sociedade precisa lidar”, afirmou.