Rio - A histórica Igreja da Candelária celebra, nesta sexta-feira (06), seus 250 anos. Para marcar a data, o Cardeal Orani João Tempesta presidirá uma missa solene, às 10h, que ainda terá um coral e grande orquestra. A igreja está localizada na Praça Pio X, Região Central do Rio.
Desde terça-feira (3) a igreja recebe uma série de eventos que fazem parte do seminário "250 anos da bênção", com palestras sobre arte, patrimônio e história.
Na manhã desta quinta (5), aconteceu a apresentação do músico e irmão da Irmandade, Sócrates Rebouças Feijó, utilizando um violino do século XVIII pertencente ao acervo da igreja, recentemente restaurado.
Ainda haverá palestras com o vice-provedor da Irmandade, Luiz Bomfim e a professora do Colégio Pedro II, Clara Fernandes Albuquerque.
Você conhece a história da Igreja?
A Igreja da Candelária, considerado um dos mais importantes templos religiosos do Rio, surgiu após uma promessa feita pelo casal Antônio Martins Palma e Leonor Gonçalves ao se depararem com uma forte tempestade enquanto navegavam no litoral do estado.
No momento de desespero prometeram construir uma capela para Nossa Senhora da Candelária caso sobrevivessem.
Em 1609, o casal mandou construir uma pequena capela no local da atual igreja. Mais de um século depois, em 1710, ela passou por uma grande reforma, dando início à essa história de 250 anos. Em 1175 as obras começaram. A reinauguração do templo aconteceu em 1811, com a igreja ainda inacabada e contou com a presença de Dom João VI, príncipe-regente e futuro rei de Portugal na época.
A arquitetura da Igreja da Candelária foi inspirada em obras do estilo barroco português, como a Igreja do Convento de Mafra e a Basílica da Estrela, na capital portuguesa. Além do desenho, a fachada do prédio também chama atenção por estar voltada à Baía de Guanabara. A reforma foi encerrada em 1856.
A decoração interna, iniciada em 1877, seguiu o modelo neorrenascentista da Itália com revestimento de mármores italianos policromados nas paredes e colunas. O desenho interior foi feito por Antônio de Paula Freitas e Heitor de Cordoville.
As pinturas dos murais no interior da Igreja, que demoraram anos para ficar prontas, foram feitas por João Zeferino da Costa, pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, Henrique Bernardelli, Oscar Pereira da Silva e o italiano Giambattista Castagneto. Em 1901, as portas de bronze na entrada da igreja, obra do português Teixeira Lopes, foram instaladas.
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