Suspeita sendo levada aos trâmites na Cidade da PolíciaÉrica Martin / Agência O Dia
Quadrilha que aplicava golpes por falsos anúncios de vendas é alvo de operação
Até o momento, autoridades prenderam sete suspeitos no Rio
Rio – Integrantes de uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas interestaduais foram alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15), pela "Operação Reversus". A quadrilha atuou de forma contínua em 2023 e 2024, aplicando golpes por meio de anúncios falsos de vendas de veículos e gado, com prejuízos superiores a R$ 800 mil às vítimas.
Até o momento, as autoridades prenderam sete suspeitos no Rio e outros 15 no Mato Grosso, Piauí e Minas Gerais, além de apreensões de documentos e celulares. As investigações revelaram um esquema com estrutura complexa e coordenada, divisão de tarefas entre os criminosos e movimentação financeira feita para dificultar o rastreamento dos valores.
As buscas tiveram início após um golpe ocorrido em janeiro de 2024, em Cuiabá, Mato Grosso, depois de uma compradora ser atraída por um anúncio fraudulento de venda de um carro nas redes sociais. Após o primeiro contato, ela foi induzida a manter a comunicação com um suposto intermediador, que se passava por advogado, e acabou transferindo R$ 45 mil via pix, acreditando estar em uma negociação legítima.
O mentor da fraude foi identificado e está preso em Cuiabá, onde cumpre mais de 40 anos de prisão por crimes como homicídio, tráfico e roubo. Já o responsável pela publicação do anúncio teve sua prisão decretada em Teresina, Piauí.
O dinheiro obtido com o golpe foi inicialmente enviado ao Estado do Rio, distribuído entre 13 contas bancárias distintas, e depois retornou a Cuiabá, sendo novamente pulverizado em 11 contas diferentes. Em certo momento, os valores se concentraram na conta de uma das investigadas.
Essa mulher possui condenação transitada em julgado por fraudes em Minas Gerais, e é viúva de um homem com extensa ficha criminal, executado por facções criminosas na fronteira com a Bolívia, onde seu corpo e veículo foram incendiados.
Também foi autorizado bloqueio de contas bancárias com valores que podem atingir R$ 2,7 milhões. As investigações são conduzidas pela Delegacia de Defraudações (DDEF) e a Polícia Civil do Mato Grosso.
* Colaborou Érica Martin






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