Carro em que estava miliciano encontrado morto passou por períciaÉrica Martin/Agência O DIA
Publicado 20/09/2025 15:18
Rio - O homem apontado como um dos principais responsáveis pela invasão ao Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, na última quinta-feira (18), foi encontrado morto dentro de um carro na noite desta sexta (19) na Estrada da Paciência, na mesma região. De acordo a Polícia Civil, milicianos mataram o bandido e deixaram um colete falsificado da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) próximo ao corpo.
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Para os investigadores, os criminosos executaram o próprio comparsa por temer ações policiais. Diligências seguem para encontrar os demais envolvidos.

"Desde o primeiro momento, a Polícia Civil já havia identificado o criminoso. As diligências da DRE-BF estavam no encalço do grupo, que, sabendo estar prestes a ser preso nas próximas horas, decidiu executar um de seus integrantes, na tentativa de evitar um confronto com a polícia. Essa ação não vai interromper a busca incansável de nossas equipes pelos criminosos", afirmou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

No local, dois veículos usados no dia da invasão foram abandonados. Ambos aparecem nas imagens das câmeras de segurança do hospital.
Com a morte do miliciano, os carros passaram por perícia na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Em um deles, onde estava o corpo, foi possível ver marcas de sangue, principalmente no porta-mala. 
Bandidos renderam seguranças na garagem

Na ocasião, os criminosos renderam os seguranças na garagem do hospital e foram diretamente para o centro cirúrgico em busca do paciente Lucas Fernandes de Souza, 31 anos, que estava internado na unidade após sofrer um atentado. Um deles usava o colete à prova de balas da Draco, que foi deixado ao lado do miliciano encontrado morto na sexta (19).
Os bandidos permaneceram cerca de 20 minutos na unidade e não encontraram o paciente, que já havia sido liberado e estava na enfermaria. O caso aconteceu por volta de 2h30.
Segundo investigações, Lucas tem passagem pela polícia por envolvimento com a milícia. Informações iniciais apontam que ele migrou para o tráfico, o que teria motivado o atentado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Lucas deixou o Instituto Penal Plácido Sá Carvalho, em 2021, passou a cumprir prisão albergue domiciliar e obteve liberdade condicional em julho de 2022. Desde então, está vinculado ao Patronato Magarinos Torres e cumpre regularmente as obrigações determinadas pela Justiça.
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