Foto rara de um Vizinho da Maquita
Foto rara de um Vizinho da Maquita" Divulgação
Por O Dia

Esses dias estive pensando em como os subúrbios do Rio de Janeiro nos proporcionam figuras quase folclóricas que acabam fazendo parte de nossa rotina. A personagem mais emblemática é o cidadão que corta piso. As sobras de piso que ficam no quintal juntando quebra-pedra que brota do chão de cimento e lacraias não me deixam mentir. Essa entidade foi batizada como Vizinho da Maquita por um consenso popular.

Não importa a hora nem o dia, ele estará lá cortando piso. Incansável, nunca ninguém sabe quando sua obra irá terminar. Muitos cogitam que o Vizinho da Maquita esteja projetando um Taj Mahal ou algo parecido. Existem relatos de vizinhos que estão cortando piso há dois anos e nunca acabam. Como isso é possível?

O Vizinho da Maquita é uma dentre tantas personagens que existem em nossos bairros. Certamente, nesse exato momento você deve estar ouvindo o barulho da máquina dilacerando uma cerâmica. Se não está ouvindo, vai ouvir ou pelo menos lembrou do som. E, claro, você sabe que perto da sua casa tem alguém fazendo isso, mesmo que seja às 22h.

Agora, a lei universal que envolve essa situação é a seguinte: se você não tem um Vizinho da Maquita, certamente você É o Vizinho da Maquita. Ou um dia será. É inevitável. Está entranhado em nós, moradores dos subúrbios do Rio de Janeiro.

 

Por falar em obra...
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...esses dias estive na Câmara dos Vereadores batendo um papo com assessores de um parlamentar quando o chefe de gabinete chamou um dos rapazes para contar sobre seu divórcio: a consagrada que o deixou, além de levar as roupas e um pedaço do coração do guerreirinho, fez questão de levar o poste que tinha colocado no quintal para instalação de um marcador de luz. Nunca tinha visto decidirem levar tão a sério a partilha de bens.
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Ainda falando da vizinhança
Marcador de luz na rua: coma profundo
Marcador de luz na rua: coma profundoReprodução
Dia desses estive lendo sobre os fuzuês que se formam em casas de vila, principalmente quando o marcador de luz chama no portão. A correria generalizada faz vítimas, humanas e animais, e causa acidentes domésticos dentro das casas, principalmente por atropelamentos. Muitos correm por diversos motivos: ou por serem pegos desprevenidos com pouca roupa e vestem o que tem pela frente, ou para tirar a garrafa d'água de cima do relógio (quem pegou a referência, pegou). Não entraremos no mérito relacionado a animais felinos...
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