Marcos PasquimReprodução/TV Brasil

Rio - Marcos Pasquim, de 54 anos, compartilhou que enfrentou a síndrome do pânico durante sua passagem pela Globo. Conhecido por seu papel em "Kubanacan" (2003), o ator revelou que enfrentou crises difíceis de saúde mental durante a gravação da novela. Ele mencionou que na época, o excesso de trabalho foi um dos principais desencadeadores dessa situação.
Em uma entrevista para o programa "Sem Censura", da TV Brasil, nesta segunda-feira (29) Pasquim comentou sobre a dificuldade que enfrentou durante a novela, onde interpretou o personagem Esteban. Ele destacou que atravessou toda a trama com a síndrome do pânico, o que causou surpresa na apresentadora Cissa Guimarães.

O ator também mencionou que enfrentou uma situação semelhante durante a novela anterior "O Quinto dos Infernos" (2002), quando precisou procurar ajuda médica e iniciar um tratamento para lidar com a síndrome do pânico. Ele brincou ao mencionar que precisou "tomar uns negocinhos" para superar esse período difícil.

Pasquim explicou que durante quatro anos fez uso de medicamentos e, gradualmente, foi deixando de utilizá-los até se livrar completamente. Ele atribuiu o excesso de trabalho e o estresse como fatores principais que contribuíram para esse quadro de saúde mental delicado.
"Me tratei. Fiquei quatro anos tomando remédio, depois eu fui desmamando dos remédios e hoje em dia eu não tomo mais nada. Na época, foi excesso de trabalho. Eu trabalhava demais, era muita coisa. A primeira coisa que a fama faz é acabar com a liberdade", admitiu o ator.

Ao ser questionado se a exposição à mídia influenciou sua saúde mental naquela época, o ator concordou que foi um conjunto de fatores que levaram a essa situação estressante. Ele mencionou que a fama pode acabar com a liberdade e destacou a importância de aprender a dizer não para preservar sua saúde mental.

Por fim, também relembrou que, devido à intensa rotina de gravações, chegou a pedir mudanças em seu personagem em "Kubanacan" para ter mais tempo de descanso. Ele destacou a importância de aprender com essas experiências e cuidar da saúde mental.
"Lembro que, com três meses de gravação, eu estava exausto e pedi para o autor me dar um alívio. Quem sabe dar um tiro no personagem e deixá-lo em coma. Foi o que aconteceu: o Esteban foi baleado e entrou em coma", relembrou.