Por gabriela.mattos

Rio - A base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camarista Méier, no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio, foi atacada a tiros, na noite desta quinta-feira. De acordo a polícia, PMs que estavam fazendo policiamento em outros pontos da comunidade também foram alvos dos bandidos.

Os criminosos também derramaram óleo nas vias para dificultar o acesso do caveirão (veículo blindado da PM). O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para um incêndio na Rua Maranhão, uma das vias de acesso ao morro. Segundo a UPP, o policiamento foi reforçado com apoio de outras unidades e batalhões da região. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Por meio das redes sociais, os moradores relataram momentos de tensão durante a noite. "Mais um tiroteio aqui na comunidade. Não temos mais paz", lamentou um deles. "Tomem cuidado", alertou outro.

Parentes e amigos fazem protesto contra morte de criança no Lins

O velório de Vanessa Vitória dos Santos, 11 anos, foi marcado por emoção e revolta, nesta quinta-feira, em Inhaúma, Zona Norte do Rio. Parentes e amigos da vítima fizeram um protesto em frente à capela onde o corpo da menina estava sendo velado. Manifestantes também fecham a Linha Amarela no sentido Barra da Tijuca. Por conta do protesto houve reflexo na Linha Vermelha e na Avenida Brasil. O enterro ocorreu às 13h, no Cemitério de Inhaúma.

A criança foi morta em casa com um tiro na cabeça, na última terça, durante um tiroteio no Complexo do Lins. Segundo Leandro Monteiro de Matos, pai da menina, testemunhas do fato afirmam categoricamente que a criança foi morta por tiros disparados pela PM. Ele diz que a filha não foi "vítima de bala perdida". 

"Não foi bala perdida. No relato das testemunhas, todos dizem que não foi bala perdida. Atiraram da porta da casa e atingiram minha filha. Foi uma execução", defendeu Leandro, que foi liberar o corpo da filha no Instituto Médico Legal (IML) nesta quarta. Durante o protesto, a família levou cartazes com os dizeres: "Fora UPP", "Queremos Vanessa de volta", "Onde está a pacificação?", "Queremos paz". 

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