Rio - Manifestantes realizam um protesto contra a morte de Vanessa Vitória dos Santos, 11 anos, baleada na cabeça durante um confronto na tarde desta terça-feira (4), na Favela Camarista Méier, no Lins. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura (COR), há interdições na Rua Dias da Cruz, na altura da Rua Maranhão. Motoristas enfrentam congestinamento.
A menina foi atingida por um projétil enquanto voltava dos ensaios de festa julina da escola. De acordo com uma professora que preferiu não se identificar, o caveirão entrou na comunidade atirando. "Às 15h, já tinha confronto na porta Gama Filho (escola). Eu estava com 5 crianças. O caveirão (blindado da PM) chegou atirando perto da escola. As crianças correram desesperadas e eu fiquei tentando segurá-las. Eles (policiais) não podem entrar no horário de aula. Claro que existem bandidos, mas há pessoas de bem também", contou.
O irmão de Vanessa, Ygor dos Santos, disse que a familia está indignada. "Ninguém tinha ouvido falar de operação, a polícia chegou atirando. E eu vi minha irmã caindo no chão na hora", disse.
"Minha filha estava botando o chinelo para sair e foi morta. Não tem bandido na minha casa. A comunidade é um lugar tranquilo. Não era para ter acontecido isso", contou a mãe de Vanessa, Adriana Maria dos Santos.
No mesmo dia, o subcomandante da UPP também ficou ferido no ombro e foi encaminhado ao Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins. Ele foi operado e passa bem.
Número de crianças mortas por conta da violência sobe para 37
Desde 2007, o número de crianças mortas por conta da violência só cresce. A população do Rio de Janeiro ainda nem se refez do choque do menino Arthur, baleado no útero materno, e já chora pelo horror de mais uma criança assassinada: Vanessa Vitória, de 11 anos.
A menina foi a sétima criança morta somente este ano por conta da violência na cidade.