De acordo com os petroleiros, a política de preços da Petrobras, de acompanhar a paridade com o mercado internacional, foi o principal motivador da greve dos caminhoneiros em 2018 e também da paralisação convocada para esta segunda-feira (1) - Cléber Mendes/ Agência O DIA
De acordo com os petroleiros, a política de preços da Petrobras, de acompanhar a paridade com o mercado internacional, foi o principal motivador da greve dos caminhoneiros em 2018 e também da paralisação convocada para esta segunda-feira (1)Cléber Mendes/ Agência O DIA
Por O Dia
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (GAESP/MPRJ), apresentou, na última quarta-feira, uma denúncia contra dois policiais civis e outras cinco pessoas que integravam uma organização criminosa que atuava na venda de combustíveis adulterados na Zona Oeste do Rio. O esquema criminoso envolvia ao menos sete postos de gasolina localizados nos bairros de Jacarepaguá, Taquara, Campo Grande, Santa Cruz, Vicente de Carvalho e Guaratiba.
As investigações demonstraram que os donos dos postos de gasolina constituíram uma organização criminosa voltada, inicialmente, para a adulteração e venda dos combustíveis. Contudo, com o decorrer das apurações, foi descoberto que policiais civis também trabalhavam para a quadrilha, fornecendo informações privilegiadas sobre fiscalizações e direcionando as investigações de forma a favorecê-los.
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A denúncia aponta ainda que, em um dos casos, os policiais civis chegaram a cobrar R$ 500 para elaborar um termo de declaração ideologicamente falso, na sede da 32ª DP (Taquara), sem que o dono do posto de gasolina investigado sequer precisasse comparecer à delegacia, realizando, assim, uma espécie de “serviço de delivery de depoimento”.
A denúncia foi distribuída na 1ª Vara Especializada da Comarca da Capital e acusa os integrantes do esquema dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e falsidade ideológica.
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Procurada, a Polícia Civil, via Corregedoria Geral, informa que atuou ativamente nas investigações e está à disposição da Justiça para colaborar com o que for necessário.

"A Polícia Civil ressalta que não compactua com atos ilícitos e que atitudes deste tipo não representam os valores e os princípios da instituição, que vem investindo na capacitação de seus quadros com cursos, novas ferramentas e parcerias. A Sepol reforça que tem como meta a prestação de serviço ao cidadão e o combate à criminalidade", afirma em nota.