Cauane Malaquias Costa, de 19 anos, presa pelo sequestro do recém-nascido RaviRenan Areias / Agência O Dia

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) converteu, nesta sexta-feira (3), em preventiva a prisão de Cauane Malaquias Costa, de 19 anos, que sequestrou um bebê na Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio.
Na decisão, a juíza Priscilla Macuco Ferreira, da 27ª Vara Criminal, ressaltou que "a gravidez e o puerpério são momentos em que a mulher encontra-se mais vulnerável. E, no caso concreto, a fragilidade da vítima era maior ainda, na medida em que ainda estava internada, aguardando alta após o parto".
"Valendo-se não apenas da fragilidade da mãe da criança, como também do fato de que no período noturno há menos movimentação na unidade hospitalar, optou por cometer o crime durante a madrugada. Destaque-se que ela chegou na maternidade com três bolsas, com a nítida intenção de passar como visitante e também poder esconder o bebê e sair do local sem ser notada. Aliado a isso, conforme relato de seus familiares, a indiciada dizia que estava grávida, possivelmente a fim de justificar o bebê que iria trazer para dentro de casa, o que denota a premeditação para o cometimento do delito", escreveu a juíza em sua decisão.
Cauane foi presa horas após ter levado o recém-nascido Ravi Cunha da unidade de saúde, na madrugada da quarta-feira (1º), para uma casa no Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte. Ela entrou na maternidade alegando ser acompanhante de uma gestante que estaria em trabalho de parto, foi flagrada pelos corredores do hospital com três bolsas grandes e teria levado o bebê em uma delas.
De acordo com uma tia, Cauane tinha um caso extraconjugal com um homem casado há 10 anos e não queria terminar a relação, que já durava cinco. Por isso, inventou que estava grávida para que o relacionamento continuasse e, meses após a mentira, apareceu com o recém-nascido em casa, dizendo ser filho dele.