Alessandro Miranda. Engenheiro e empreendedor, escreve no blog www.liderancaemais.com.brDivulgação

Enquanto nos Estados Unidos e na Europa o concreto é usado há cerca de 80 anos em locais com tráfego de veículos pesados, como rodovias, corredores de ônibus e aeroportos, no Brasil, a solução mais comumente usada para a pavimentação continua sendo o asfalto. Aos poucos, porém, isso começa a mudar.
Alguns gestores já se deram conta de que, apesar do tempo de cura e o custo inicial mais alto, a longo prazo o investimento compensa. Afinal, a vida útil mais longa do concreto – de 30 a 40 anos – nem se compara à do asfalto, cuja durabilidade vai de 10 a 20 anos, dependendo do volume de tráfego no local.
Por ser mais resistente à deterioração causada por mudanças climáticas, incluindo chuva, neve e temperaturas extremas, o concreto é menos suscetível a deformações permanentes, o que significa menor necessidade de reparos frequentes, ou seja, uma economia significativa a médio e longo prazos.
Outra vantagem sobre o asfalto é o impacto ambiental reduzido. O processo de produção de concreto consome menos energia do que o asfalto e gera menos resíduos. E, ainda, o concreto reflete mais luz solar do que o asfalto, reduzindo o fenômeno conhecido como "ilha de calor urbana" e contribuindo para a redução das temperaturas nas áreas urbanas. Por ser mais durável, o concreto também reduz a necessidade de reconstrução frequente, o que minimiza o consumo de materiais e energia associados à manutenção de estradas.
Estradas de concreto oferecem uma superfície mais estável e uniforme em comparação com o asfalto. Isso resulta em uma condução mais suave e confortável para os motoristas, além de reduzir o risco de acidentes. O concreto também é menos propenso a formar poças de água, o que contribui para a segurança rodoviária, especialmente em condições climáticas adversas.
Portanto, ao planejar e construir estradas, o concreto deveria ser considerado como a escolha preferencial para promover a sustentabilidade, a segurança e a eficiência do sistema de transporte.
Alessandro Miranda
Engenheiro, empreendedor e escreve no blog www.liderancaemais.com.br