As notícias que estouraram no início do ano sobre a situação do Funprevi levaram à abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara Municipal do Rio, para apurar a gestão do fundo durante todos esses anos. O presidente da CPI é Paulo Pinheiro (Psol), a relatoria ficou com João Mendes de Jesus (PRB), e os demais membros são Fernando William (PDT), Italo Ciba (PT do B) e Thiago Ribeiro (PMDB), e os suplentes Célio Lupparelli (DEM) e Otoni Paula (PSC).
A votação do relatório (feito por Mendes) será na próxima quinta-feira. A expectativa é que os demais vereadores exceto Pinheiro acompanhem o seu voto, que não enviará o documento para o Ministério Público Estadual (MPRJ).
Já o presidente da CPI afirmou que fará seu voto em separado e não poupou críticas à gestão do fundo nos últimos anos: "Existem irregularidades que têm que ser investigadas pelo MP".
Ele apontou algumas: "Começa pela venda de terreno da prefeitura onde funcionava a Autoridade Olímpica. Em 2015, o município vendeu para a Câmara Municipal por R$ 224 milhões. O Legislativo adiantou o pagamento com parte do valor, mas a prefeitura logo vendeu para o Consulado Americano por R$ 183 milhões e sem devolver à Câmara o que foi adiantado". Pinheiro acrescentou que a Casa está na Justiça buscando o dinheiro de volta.
Outros pontos que ele destacou foram a ausência do cálculo atuarial para avaliação do déficit, também em 2015, e a Lei 5.300, que, segundo Pinheiro, "não capitalizou o fundo e serviu como meio de pagar inativos com recursos que deveriam ir para a Educação".