O protesto do funcionalismo estadual ontem na frente da Alerj reuniu, segundo o Movimento Unificado dos Servidores (Muspe) cerca de cinco mil servidores. Uma comissão formada por líderes da manifestação foi recebida pelo presidente do Legislativo, deputado Jorge Picciani (PMDB). O parlamentar intermediou um encontro entre os servidores e o governador Pezão, na próxima quinta, às 11h, no Palácio Guanabara.
"O Picciani nos recebeu junto com o colégio de líderes. Disse que o estado ia resolver os salários atrasados em até 20 dias. E afirmou que o pagamento do 13º de 2017 sairá, no mais tardar, na segunda semana de 2018. Mas insistimos para que o governador anunciasse isso formalmente, e ele conseguiu agendar esse encontro para o dia 16", afirmou Marcio Garcia, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (Sindpol-RJ)."Agendar um encontro com o governador foi um avanço", completa.
Mas nem tudo foram flores. A manifestação terminou com tumulto e o uso de bombas de gás lançadas pela PM. Um agente penitenciário foi detido ao tentar ultrapassar a área de contenção montada pela PM. Ele foi levado para a 6ªDP (Cidade Nova). O entorno da Alerj ganhou grades de contenção e o policiamento foi reforçado com o Choque.
Segundo a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais do Rio de Janeiro (Sepe) e integrante do Muspe, Marta Moraes, houve violência por parte dos policiais. "Não tinha razão nenhuma para agirem da forma como agiram. Tínhamos muitos servidores aposentados, principalmente os ligados à Educação, senhoras com mais de 60 anos que estavam reivindicando seus direitos", reclamou.