Former Brazilian president Luiz Inacio Lula da Silva (R) takes part in a demonstration in Sao Paulo, Brazil on January 24, 2018. A Brazilian appeals court Wednesday upheld ex-president Luiz Inacio Lula da Silva's conviction for corruption, effectively ending his hopes of reelection this year. Two of the three judges in the appeals court in the southern city of Porto Alegre ruled that his original 9.5-year jail sentence should be extended to more than 12 years.
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Former Brazilian president Luiz Inacio Lula da Silva (R) takes part in a demonstration in Sao Paulo, Brazil on January 24, 2018. A Brazilian appeals court Wednesday upheld ex-president Luiz Inacio Lula da Silva's conviction for corruption, effectively ending his hopes of reelection this year. Two of the three judges in the appeals court in the southern city of Porto Alegre ruled that his original 9.5-year jail sentence should be extended to more than 12 years. / AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA CaptionAFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - Um dia depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido condenado em segunda instância na Justiça, o PT formalizou o anúncio do seu nome como pré-candidato a presidente da República. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, anunciou a candidatura logo no início da reunião do Diretório Nacional do partido nesta quinta-feira.

A reunião vai contar com a participação de dois advogados, que vão falar sobre o julgamento de quarta-feira, e sobre os próximos passos no processo jurídico de Lula. "Depois, essa será uma reunião política, porque estamos lançando a pré-candidatura de Lula à presidência da República."

Lula foi condenado em segunda instância pela turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. Com isso, foi ampliada a pena estabelecida pelo juiz Sergio Moro, que havia condenado o petista em primeira instância a nove anos e meio de reclusão.

Apesar da Lei da Ficha Limpa prever que políticos condenados em segunda instância não podem ser candidatos, a decisão do TRF-4 não tira Lula da eleição automaticamente. Uma possível impugnação da candidatura do petista cabe somente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá levar em conta o que prevê a Ficha Limpa na hora de analisar o caso do ex-presidente.

Gleisi disse que não falaria sobre a condenação, mas afirmou que a reunião era importante em virtude "do momento que estamos vivendo". Ela agradeceu o apoio dos partidos PCdoB, Psol, PSB, PDT e o PCO e também ao senador Roberto Requião (MDB), além de movimentos sociais e sindicatos do Brasil e de outros países. "Desde 2014, não via mobilização tão grande da militância. É possível consolidação da centro-esquerda para enfrentar retrocesso."

Plano B

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que o Plano B do partido para a eleição também é o ex-presidente Lula, mesmo após a condenação dele em segunda instância. "O evento de hoje tem o objetivo de recuperar a democracia e inocentar Lula", disse Teixeira. "Além disso, queremos recuperar os direitos que estão sendo tirados", acrescentou.

 

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