Com o Dia D, governo tenta reduzir filas de vacinação com o aumento de locais de oferta hoje. Ao lado, técnicos analisam macacos mortos no estado: 70% têm marcas de agressões ou envenenamento -  Estefan Radovicz/Agência O Dia
Com o Dia D, governo tenta reduzir filas de vacinação com o aumento de locais de oferta hoje. Ao lado, técnicos analisam macacos mortos no estado: 70% têm marcas de agressões ou envenenamento Estefan Radovicz/Agência O Dia
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - Mais de 94 mil paulistanos foram vacinados contra a febre amarela, nesta quinta-feira, no primeiro dia da campanha com doses fracionadas na capital, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Mesmo com a distribuição prévia de senhas em casa, algumas Unidades Básicas de Saúde registraram filas e receberam pessoas que tentavam ser imunizados sem senha.

Apesar da desinformação de alguns, o movimento nos postos foi tranquilo e o tempo de espera por uma dose era curto - entre 5 e 60 minutos, considerando seis postos de saúde visitados pela reportagem. Funcionaram ontem as unidades de 20 distritos das zonas leste e sul da cidade, alvos da campanha.

O período mais tumultuado foi por volta das 8 horas, na abertura das unidades. Alguns moradores chegaram antes com medo de ficar sem a vacina.

Outros, sem a senha, decidiram tentar a sorte, mas, na maioria dos casos, não foram atendidos. Na UBS Jardim Nossa Senhora do Carmo, no Parque do Carmo, zona leste, o primeiro da fila era o paisagista Edson Santana, de 31 anos, que saiu de Itaquera, também na zona leste, e chegou ao local às 3 horas. "No meu bairro, as pessoas estavam chegando às 17 horas para passar a noite. Resolvi tentar aqui. Minha maior preocupação é a minha filha de 5 anos."

Mas, seguindo as regras da secretaria, a unidade não deu o imunizante para quem não era morador da área da UBS. Só distribuía senhas para os que estavam com comprovante de residência ou o cartão que mostrasse que já era atendido no local.

Em outras unidades, mesmo o comprovante de residência não era suficiente para garantir o atendimento, já que a regra geral é esperar que o agente de saúde passe em cada casa agendando a data para a imunização, que vai até 24 de fevereiro.

"Eu trabalho e, para mim, seria melhor se eu já conseguisse me vacinar no feriado, mas disseram que tenho mesmo de esperar a senha em casa", reclamou a professora Polyanna Yelena Veiga, de 27 anos, que tentava conseguir a proteção na UBS Parque Figueira Grande.

No interior do Estado, onde a campanha também foi iniciada ontem, alguns postos abriram duas horas antes para atender a demanda. A Secretaria Estadual da Saúde não divulgou balanço do primeiro dia de vacinação. No Rio, novo boletim apontou 25 casos, cinco a mais que na quarta-feira. 

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