Cinco suspeitos de participar da maior chacina do Ceará, que deixou 14 mortos no sábado, foram identificados pela polícia. Três deles seriam mandantes do massacre que ocorreu no bairro de Cajazeiras, na periferia de Fortaleza. A informação foi dada ontem pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), após uma reunião de emergência que traçou força-tarefa de combate à violência no Estado.
A chacina estaria ligada à guerra entre facções criminosas. A maioria das vítimas é mulher e, entre elas, há adolescentes. Neste sábado à tarde, um suspeito foi preso com um fuzil.
Participaram da reunião com o governador no início desta manhã, na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), representantes do Ministério Público do Ceará (MPCE), da Defensoria Pública, do Tribunal de Justiça do Estado (TJCE), da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Vereadores.
Também integraram a mesa de elaboração do plano de urgência os secretários de segurança pública e defesa social, André Costa, e o de Planejamento, Francisco de Queiroz Maia Júnior.
A festa acontecia na casa noturna Forró do Gago. Segundo testemunhas que pediram para não serem identificadas, por volta de 0h30 de ontem, homens chegaram em três carros e desceram disparando a esmo. Eles portariam espingarda calibre 12, pistolas calibre 40 e 9 milímetros e revólveres calibre 38.
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, afirmou que a chacina na festa de forró, na periferia de Fortaleza, foi um evento isolado. "No mundo todo, tem situações em que se matam 50 pessoas, 60 pessoas em boates. É uma situação criminosa que foi organizada, que foi planejada e que veio a ser executada", disse em coletiva de imprensa neste sábado. O massacre deixou 14 pessoas mortas e seis feridos.
Costa negou a perda de controle do Estado com relação às facções criminosas no Ceará e comparou o episódio a situações como as que ocorrem em outros países.