Rio - O Estado do Rio de Janeiro está a caminho de se tornar um exportador de energia elétrica com o resultado do recente leilão de energia de dezembro, que permitiu a contratação de três termelétricas movidas a gás natural com capacidade instalada de 3.450 MW.
O Rio de Janeiro já tem um relevante parque gerador: além do complexo hidrelétrico de Lajes, com 612 MW, possui mais de uma dezena de pequenas centrais hidroelétricas e várias dezenas de plantas de geração distribuída.
Têm quatro térmicas a gás da Petrobras e uma da EDF Norte Fluminense, num total de 3.723 MW de potência. Há ainda as nucleares Angra 1 e Angra 2, que somam 2 mil MW, e aguarda a conclusão de Angra 3, com mais 1.350 MW. Em breve, o Rio de Janeiro terá, no mínimo, cerca de 10 mil MW, total que já credencia o estado como um exportador de energia.
O projeto da Prumo Logística não para aí, pois a empresa tem planos de implantar mais térmicas a gás natural, o que eleva a capacidade instalada.
Térmicas a gás são confiáveis, seguras, com baixo nível de poluição e ainda podem incentivar novos consumos de gás no estado, uma vez que elas atraem indústrias interessadas em combustível mais barato para seus processos produtivos. Além disso, elas podem recuperar o reservatório das hidrelétricas, em baixa, e, de quebra, permitir a formação de um mercado consumidor de gás natural.
As novas térmicas, a conclusão de Angra 3, linhas de transmissão, entre outros projetos, significam investimentos no estado e movimentação da economia. Num momento em que o Rio de Janeiro busca encontrar saídas para a grave crise econômica que atravessa, a energia das térmicas pode ser o combustível que faltava para impulsionar os empregos no estado.
A indústria de energia elétrica fluminense, depois da indústria petroleira, é a mais expressiva do Rio, criando renda, empregos e impostos, sem gerar poluição.
Sérgio Malta é presidente do Conselho de nergia da Firjan