Por karilayn.areias
Rio - Começaremos 2018 com mudanças nas tarifas de energia elétrica. Com a cobrança da tarifa branca será possível gastar até 20% menos ao mês. Até agora, os consumidores pagavam o mesmo valor pela energia em todos os horários do dia.
Em janeiro haverá diferenciação por horário. Serão três faixas de preço, um mais baixo, um intermediário e um mais alto. No horário de pico, a tarifa será a mais cara nas três horas em que há mais sobrecarga que, no Rio, acontece entre 17h30 e 20h30. O consumo sobe porque as pessoas voltam do trabalho e ligam a maior parte dos aparelhos, como chuveiro e ar condicionado. Para desestimular o consumo no intervalo, o preço subirá.
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Em seguida, virá tarifa intermediária aplicada ao horário que precede o pico e o posterior. Em todos os demais horários, a energia será mais barata. Nos fins de semana, não haverá diferenciação.
Antes de migrar para a tarifa branca, o consumidor deve avaliar se consegue mudar hábitos e reduzir o consumo no pico. Do contrário, o melhor é não alterar o regime de tarifa porque correrá risco de até pagar mais. No horário de pico, o custo da energia será 87% maior no Rio.
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É importante lembrar que, para ter acesso à nova tarifa, é preciso pedir a migração à distribuidora. E não precisa sair correndo porque, além de não ser obrigatória, no início apenas aqueles com consumo alto, acima de 500 kWh por mês, poderão solicitar, além dos novos clientes. As outras migrações só a partir do ano que vem e em 2020.
Em média, uma família brasileira consome cerca de 150 kWh mensais. Então, a maioria vai ter tempo para analisar se vale a pena aderir à tarifa branca. Mas todos devem tentar consumir menos no pico porque, além de reduzir a própria conta, aliviarão o estresse no sistema elétrico e a pressão por mais aumentos na conta.
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* Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan.