Ministro do STF, Luiz Fux - Carlos Moura/SCO/STF/07.02.2018)
Ministro do STF, Luiz FuxCarlos Moura/SCO/STF/07.02.2018)
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Brasília - Em discurso de posse como novo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux disse que a Justiça Eleitoral será "irredutível" na aplicação da Ficha Limpa e que haverá "estrita observância".

"A observância da Lei da Ficha Limpa se apresenta como pilar fundante na atuação da Justiça Eleitoral, como mediadora do processo político. Digo em alto e bom som: ficha-suja está fora do jogo democrático."

Em nenhum momento, contudo, o ministro citou o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve recorrer à Justiça Eleitoral para ser candidato à sucessão presidencial. O petista foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do triplex do Guarujá (SP).

Já o ministro Marco Aurélio Mello afirmou ontem no plenário do STF que vai negar pedido para proibir provisoriamente a prisão após condenação em segunda instância até que o plenário da Corte tome uma decisão final sobre o tema.

A petição foi apresentada pelo criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que é advogado de diversos políticos investigados na Lava Jato, como o líder do governo no Senado, Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney, mas, segundo Kakay, não teve relação com o caso de Lula.

"Não posso (ir contra o plenário). Isso já passou pelo crivo do plenário. Por melhor que seja a intenção", disse Marco Aurélio. Ele é relator das ações que versam sobre o tema no STF e destacou que liberou o processo em dezembro, e agora cabe à presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, marcar a votação no plenário.

 

Alckmin e Marina falam
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Possíveis candidatos às eleições presidenciais, Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) já estão se posicionando em assuntos polêmicos a fim de angariar votos desde já.
O governador de São Paulo afirmou ontem que vai privatizar "o que for possível" das estatais brasileiras, caso seja eleito em 2018. Nas contas do tucano, a União possui hoje 147 estatais e é preciso avaliar "a necessidade de cada uma."
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Já a pré-candidata defendeu que a "lei deve ser para todos", mesmo se significar a prisão de Lula; disse se arrepender do apoio ao senador Aécio Neves; e que "o voto não pertence aos partidos e aos políticos."
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Sepúlveda se junta à defesa de petista
O ex-presidente Lula contratou um advogado de peso para sua equipe de defesa: o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence.
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Considerado um dos maiores especialistas em processo penal do Brasil, Sepúlveda criticou que a situação do petista é uma perseguição. "É pior, a maior (perseguição) desde Getúlio Vargas", afirmou.
Convidado pelo advogado Cristiano Zanin Martins, responsável até aqui pela defesa do ex-presidente, Sepúlveda disse que ainda vai conhecer o processo e combinar "com os companheiros" o que pode mudar.
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Ao ser comparado com Zanin e questionado se adotará também uma linha mais agressiva, Sepúlveda rebateu: "Não é meu estilo". O ex-ministro minimizou o fato de que vai comandar a estratégia e disse que ela será combinada com os outros advogados.
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