Complexo nuclear em Itaorna Divulgação/Eletronuclear

Angra dos Reis - Os cerca de 1250 trabalhadores do complexo nuclear, em Itaorna, Angra dos Reis na costa verde, decidiram em assembleia, no final da manhã da última terça-feira (29), pelo fim da greve. A categoria aceitou a proposta fazendo alguns ajustes, entre eles o fechamento do acordo coletivo  por dois anos, garantindo o IPCA pleno do período.
A empresa e Sindicato assinaram ainda um termo de compromisso que revê alguns dos pontos mais controversos, o plano de corte de gastos. "A empresa se comprometeu a converter o Programa de Desligamento Complementar (PCD) em Programa de Desligamento Voluntário (PDV), com a mudança passa ser facultativo, respeitando os princípios da legalidade, eficiência e economicidade". Outra questão foi adiar para o ano que vem a decisão sobre a eventual cobrança pelo uso das residências funcionais nas vilas.
No Rio de Janeiro, os 550 funcionários voltaram ao trabalho, no último dia (25). Em Angra, quatro dias após. O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) assinado refere ao período 2024-2026 e garante aos empregados a reposição integral da inflação no período e a manutenção de benefícios já vigentes. 

Participaram das negociações, no Rio, os sindicatos que representam a base de empregados da sede da Eletronuclear/RJ: Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ), Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado do Rio de Janeiro (Sintec-RJ), Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro (Sinaerj), na costa verde o Stiepar.
A greve foi deflagrada em assembleia no dia 3 de abril, por cerca de 400 funcionários, por tempo indeterminado. A paralisação foi efetivada no dia (8), quando os trabalhadores cruzaram os braços. 90% aderiram ao movimento e apenas 10% considerados serviços essenciais e de segurança funcionaram durante esses 20 dias de greve.
Durante o movimento a categoria, segundo o Stiepar,  pedia o fim das demissões, manutenção das condições de trabalho vigente, aumento de 6,76 % ( =100 IPCA data base 2022) que vinha sendo negociado na justiça e 3,69 % ( = 100 % IPCA data base 2024).

 
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