Deputada Célia Jordão,PL, (segunda da direita para esquerda) fazendo uso da palavra no Fórum da BRICSDivulgação/Assessoria deputada

Costa Verde - A deputada estadual Célia Jordão (PL) esteve na Câmara dos Deputados, em Brasília, participando de um debate no Segundo Fórum BRICS, realizado nessa semana (15) e (17) de setembro, sob o tema “Valores Tradicionais”, com representantes dos países-membros do bloco. Tema que coloca as cidades da costa verde em evidência, por ser tratar de municípios como Angra, Paraty e Mangaratiba, que ao longo dos anos vem discutindo esses valores, com foco nos povos originários.  
Com mais de 20 anos dedicados às políticas públicas voltadas às mulheres, Célia Jordão integrou o painel “Violência de gênero: o papel da mulher nas diferentes culturas” e destacou a importância da legislação para garantir os direitos das mulheres.
“Historicamente, a violência de gênero nunca foi uma exceção na sociedade, em diferentes culturas. Em algumas, há uma rede de apoio mais forte, leis específicas e maior visibilidade. Mas ainda existem lugares onde a violência é naturalizada e justificada por tradições”, afirmou a deputada.
O painel também abordou práticas como os casamentos forçados de meninas entre 10 e 15 anos em alguns países, além da desigualdade nos parlamentos e nos espaços de poder.
Outro ponto discutido foi a dependência financeira e a falta de qualificação profissional como fatores que mantêm mulheres em situação de vulnerabilidade.
“Nós, mulheres, mesmo quando ocupamos funções parlamentares, também sofremos violência. A violência política é grave e, muitas vezes, silenciosa. Não podemos nunca esquecer: a culpa da violência nunca é da vítima, e o ciclo de impunidade precisa ser rompido”, ressaltou a parlamentar.
“A cultura e as tradições de um povo não podem ser desculpa para justificar a violência. Ao contrário, devem ser instrumentos de transformação para alcançar a igualdade”, concluiu a parlamentar fluminense.
Mediado pela deputada gaúcha Eliana Bayer, o painel contou com a participação das deputadas brasileiras Silvana Covatti e Patrícia Alba; da deputada Ichwama Litoka Elysee, do Congo; e de Milva Villalba, do Paraguai.
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