Prefeito Mario Esteves participou da açãoDivulgação
A Campanha Faça Bonito chega ao 23º ano de mobilização pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal 9.970/00, uma conquista que demarca a luta pelos direitos humanos de meninos e meninas, no território brasileiro. Esse ano é o marco pelos 50 anos do assassinato da menina Araceli Crespo, em Vitória, no Espírito Santo. A menina foi violentada e assassinada. Os autores do crime, após cinco décadas, ainda é um enigma a ser desvendado pela polícia.
“Esta caminhada nos mobiliza a seguir construindo estratégias para que nenhuma criança ou adolescente tenha que vivenciar as marcas da violência sexual. São indefesos, que se tornam presas fáceis para abusadores e pedófilos, verdadeiros criminosos. O que faz a diferença é a nossa vontade de denunciar. Não podemos nos calar e devemos procurar pelos órgãos competentes para tentar erradicar casos que podem levar à morte desses meninos e meninas”, aponta Wanderson.
Ao longo da caminhada, populares se juntaram aos alunos das escolas Arlindo Rodrigues, Manoel Fonseca, Jeovah Santos e Maria de Nazaré. A campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância e como uma associação a necessidade de cuidado e proteção para um desenvolvimento saudável. A chamada “Faça Bonito - Proteja nossas crianças e adolescentes” quer chamar a sociedade para assumir a responsabilidade na proteção de crianças e adolescentes das diversas violências sexuais.
“A reestruturação que a Secretaria de Assistência Social sofreu nos últimos anos refletiu em dados que, apesar de alarmantes, mostram que o caminho é esse, que deve existir uma denúncia, seja de pais ou responsáveis. Aliás, nossa cidade também acompanha o país, quando órgãos de proteção relatam que cerca de 70% dos abusos são cometidos por pessoas próximas às vítimas. Portanto, os canais estão aí e devemos pôr a ‘boca no trombone’, levando ao conhecimento todos esses episódios, tristes para a sociedade”, aponta Mario.
Além das investigações feitas por escolas e centros de referências – como o Cras e o Creas -, a população deve encaminhar denúncias aos órgãos de proteção, como o Conselho Tutelar, o Disque Direitos Humanos (pelo telefone gratuito 100), e Niam. O sigilo é garantido.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.