O objetivo foi promover o diálogo entre os praticantes das religiões de matriz africana e os gestores responsáveis por políticas públicas sobre equidade racial e de combate ao racismo religiosoMatheus Reis/DPE/RJ
O objetivo do evento foi promover o diálogo entre os praticantes das religiões de matriz africana e os gestores responsáveis por políticas públicas sobre equidade racial e de combate ao racismo religioso. A troca de experiências entre os presentes proporcionou a educação em direitos dos povos de terreiro, além do compartilhamento de práticas bem-sucedidas apresentadas por especialistas no tema.
No encontro, o procurador Julio José Araujo Junior destacou a importância do combate à desinformação como meio de propagação do discurso de ódio e defendeu a necessidade de se discutir políticas públicas efetivas de reparação. “É necessário aprofundarmos a discussão acerca da prevenção de grandes violações dos direitos dos povos de terreiro, por meio da identificação dos processos que levam a ataques e violência religiosa. Enfrentar o discurso de ódio é um caminho fundamental, e garantir reparação àqueles que sofreram deslocamentos de seu território é uma medida urgente”, afirmou.
Além da DPU, da DPE/RJ e do MPF, também participaram do encontro o mandato da deputada estadual Renata Souza, a Coordenadoria da Diversidade Religiosa do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Igualdade Racial de São João de Meriti, o Museu da República, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) e o Instituto Raça e Igualdade.
Dia Nacional – O evento ocorreu na semana em que se celebrou o Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, 21 de março, data instituída em janeiro deste ano pela Lei 14.519/2023. A data coincide com o marco escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para instalar uma rede intercontinental de conscientização pelo Dia Internacional contra a Discriminação Racial.
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