A consultora da ONG Se Essa Rua Fosse Minha, Erika Odara, comentou que o prêmio defende a cultura antirracistaRafael Barreto / PMBR
O objetivo é premiar professores que transformam a educação pública com práticas pedagógicas antirracistas. Poderão participar profissionais que estejam em regência de turma no Ensino Fundamental II (anos finais) e Ensino Médio, de todas as modalidades de ensino, em unidades de ensino públicas localizadas na região da Baixada Fluminense.
Serão três etapas de avaliação e o primeiro lugar receberá R$ 2.000,00, além de um kit de livros de autores negros e conteúdo antirracistas, um curso online sobre educação para as relações étnico-raciais e um troféu.
Legado inspirador
Para mais detalhes do edital, basta acessar o link: https://forms.gle/VCRnzPN9Goes2SZC6. As inscrições poderão ser feitas até o dia 21 de setembro, no mesmo formulário eletrônico. A solenidade de premiação acontecerá no dia 8 de dezembro.
O secretário municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Rafael de Milan, enfatizou a importância desse trabalho. “O prêmio é uma homenagem ao militante César Marques que deixou um legado inspirador para incentivar profissionais a combaterem o racismo e desigualdade. Tenho certeza que teremos muitos representantes de Belford Roxo”, pontuou Rafael, ao lado da subsecretária municipal da pasta, Renata Aleixo.
A consultora da ONG Se Essa Rua Fosse Minha, Erika Odara, comentou sobre o prêmio. “A primeira edição será dedicada aos professores com uma temática antirracista, que abrange a história e cultura afro-brasileira e indígena”, frisou. “Esperamos mobilizar todos os 13 municípios da Baixada para fomentar a promoção da equidade racial e a valorização das nossas raízes”, completou Erika.
Quem foi César Marques?
Nascido em São João de Meriti, Antônio César Marques da Silva, também conhecido como Griot César, deixou um legado de produções teatrais e musicais que inspirou o público infantil, juvenil e adulto. Realizou trabalhos culturais desde os anos 70, e foi pioneiro na criação de espetáculos de produção local. Contribuiu com a estruturação da ONG Se Essa Rua Fosse Minha, como também o Circo Social e combateu o racismo estrutural no Rio e na Baixada Fluminense. Atuou incansavelmente em favelas e comunidades, até o falecimento no ano de 2019.
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